ATA DA QUADRAGÉSIMA TERCEIRA SESSÃO ORDINÁRIA DA QUARTA SESSÃO LEGISLATIVA ORDINÁRIA DA DÉCIMA PRIMEIRA LEGISLATURA. EM 03.06.96.
Aos
três dias do mês de junho do ano de mil novecentos e noventa e seis reuniu-se,
na Sala de Sessões do Palácio Aloísio Filho, a Câmara Municipal de Porto
Alegre. Às quatorze horas e quinze minutos foi realizada a segunda chamada,
sendo respondida pelos Vereadores Airto Ferronato, Antonio Hohlfeldt, Artur
Zanella, Clênia Maranhão, Clovis Ilgenfritz, Décio Schauren, Dilamar Machado,
Edi Morelli, Elói Guimarães, Fernando Záchia, Giovani Gregol, Guilherme
Barbosa, Helena Bonumá, Henrique Fontana, Isaac Ainhorn, João Dib, João Motta,
João Verle, Jocelin Azambuja, José Valdir, Luiz Braz, Luiz Negrinho, Maria do
Rosário, Mário Fraga, Milton Zuanazzi, Nereu D’ Ávila, Paulo Brum, Pedro
Américo Leal, Raul Carrion, Reginaldo Pujol, Wilton Araújo e Letícia Arruda.
Constatada a existência de “quorum”, o Senhor Presidente declarou abertos os
trabalhos. À MESA foram encaminhados: pelo Vereador Décio Schauren, 02
Substitutivos n°s 01 e 02 ao Projeto de Lei do Legislativo n° 72/96 (Processo
n° 1454/96) e ao Projeto de Lei do Legislativo n° 01/93 ( Processo n° 20/93)
respectivamente; pelo Vereador Edi Morelli, 02 Pedidos de Pedidos de Providências;
pelo Vereador Luiz Braz, 02 Pedidos de Providências; pelo Vereador Luiz
Negrinho, 01 Pedido de Providências; pelo Vereador Nereu D’Ávila, 01 Pedido de
Informações n° 79/96 (Processo n° 1463/96). A seguir, o Senhor Presidente
apregoou o Requerimento do Ver. Pedro Ruas, solicitando Licença para Tratamento
de Saúde, dando posse à Suplente Letícia Arruda, que integrará a Comissão de
Urbanismo, Transporte e Habitação. Do EXPEDIENTE constaram: Ofícios nºs 22/96, do Vereador Dourival Lemes dos
Santos, Presidente da Câmara Municipal de São José do Rio Preto, 35/96, do Ver.
Jocelei Flores, Presidente da União dos Vereadores do Estado, 97/96, do Senhor
Cézar Augusto Busatto, Secretário do Estado da Fazenda; CARTÕES: do Senhor
Alberto de Oliveira, Secretário do Estado de Turismo, do Senhor Ricardo
Russowsky, Presidente do Banco do Estado do Rio Grande do Sul, da Senhora Iara
Wortmann, do Deputado Estadual, João Vargas, da Senhora Lais Salengue,
Diretora-Superintendente da METROPLAN, do General de Divisão, Gilberto Bandeira,
do Senhor Carlos Appel, Secretário da Cultura do Estado, do Senhor Cristiano
Tatsch, Presidente da Companhia Rio-grandense de Telecomunicações - CRT. Em
continuidade, foi aprovado Requerimento verbal do Ver. Airto Ferronato,
solicitando a inversão na ordem dos trabalhos, passando-se primeiramente ao
GRANDE EXPEDIENTE. Às quatorze horas e vinte e nove minutos os trabalhos foram
regimentalmente suspensos, sendo retomados às quatorze horas e trinta e um
minutos. Em continuidade, o período de GRANDE EXPEDIENTE foi destinado a
homenagear o GRÊMIO beneficente de Oficias do Exército - GBOEX, nos termos do
Requerimento n° 78/96 (Processo n° 1097/96), de autoria do Vereador Artur
Zanella, e aprovado pela Casa. Compuseram a Mesa o Senhor Presidente da Câmara Municipal
de Porto Alegre, Vereador Isaac Ainhorn, o 1° Secretário da Casa Vereador
Fernando Záchia, o Coronel Iese Rego Neves, Presidente Executivo do GBOEX, o
Coronel Irani Siqueira, Representante do Comandante Militar do Sul, Coronel
Andrade Neves Comandante do Colégio Militar de Porto Alegre, o Coronel Carlos José Nascimento, Comandante
do Centro de Preparação de Oficias da Reserva e o Coronel Luiz Adolfo de
Castro, Comandante do 3° Regimento de
Cavalaria de Guardas, O Senhor Presidente expressou o reconhecimento desta Casa
ao Grêmio Beneficente de Oficias do Exército - GBOEX, saudando a entidade pelo
seu 83° aniversário. Em prosseguimento, o Vereador Pedro Américo Leal discorreu
sobre a importância das atividades desempenhadas pelo GBOEX, na assessoria das
Forças Armadas. A seguir, o Vereador
Artur Zanella teceu considerações sobre o histórico do GBOEX, desde a
sua fundação até os dias atuais. Logo após, o Senhor Presidente registrou a
presença do Senhor Benito Fagundes da Silva, Vice Presidente do Sindicato dos
Seguradores do Rio Grande do Sul, do Capitão Antônio da Luz, representante da
3° Região Militar, do Major Carlos Amador, representante do Comando da Brigada
Militar, do Coronel Aécio Calfman, assessor da Presidência do GBOEX, do
Tenente-Coronel Fernando Marques, Diretor da GB/Confiança, do Senhor Edson
Guedes, ex-Comandante do Comando Militar do Sul e Assessor da Presidência do
GBOEX e do Coronel Vaz da Silva, representado o Comando da Artilharia
Divisionária da 6° Divisão do Exército. Em continuidade, o Vereador Milton
Zuanazzi reverenciou a importância e a grandeza do GBOEX, pelo tipo de
instituição que representa e pelo trabalho que realiza. Em prosseguimento, o
Vereador Giovani Gregol referiu-se ao GBOEX como uma instituição que atua em
uma área fundamental à qualidade de vida da população, e legada a segundo plano
no nosso país. Logo após, o Vereador Jocelin Azambuja discorreu a respeito do papel social exercido pelo GBOEX,
propondo sua ampliação, estendendo-se a área da educação. A seguir, o Senhor
Presidente registrou a presença dos Diretores da Associação de Diplomados da
Escola Superior de Guerra e também fez a entrega, ao Representante do GBOEX, da
obra comemorativa aos dez anos da nova sede da Câmara Municipal de Porto
Alegre. Em continuidade, o Coronel Iese Neves agradeceu a presente homenagem
prestada por esta Casa ao GBOEX, salientando o importante papel que a
instituição ocupa dentro do Sistema
Previdenciário Nacional. Às quinze horas e cinqüenta minutos, os trabalhos
foram regimentalmente suspensos, sendo retomados às quinze horas e cinqüenta e
sete minutos. A seguir foi feito um minuto de silêncio em memória ao
funcionário falecido nesta Casa na última sexta-feira, Francisco Lopes de
Almeida, por proposição do Vereador Milton Zuanazzi. Em PAUTA Especial,
Discussão Preliminar, 1ª Sessão, estiveram: os Projetos de Lei do Executivo n°
31/96. Discutido pelos Vereadores Isaac Ainhorn, Airto Ferronato, Luiz Braz e
João Verle. Em PAUTA, Discussão Preliminar, estiveram: Os Projetos de Lei do
Executivo n°s 32/96, 33, 34, 26, 29/96, o Substitutivo n° 01 ao Projeto de Lei
do Legislativo n° 164/95, o Projeto de Lei do Legislativo n° 60/96, o Projeto
de Resolução n° 15/96, discutido pelo Vereador Raul Carrion e o Projeto de Lei
Complementar do Legislativo n° 09/96: em 2ª Sessão, os Projetos de Lei do
Legislativo n° 57 e 58/96, este último discutido pelo Vereador José Valdir, em
3ª Sessão, o Projeto de Resolução n° 12/96, o Projeto de Lei Complementar do
Executivo n° 05/96, o Projeto de Lei do Executivo n° 28/96, discutido pelo
Vereador Raul Carrion e o Projeto de Lei do Legislativo n° 64/96. Em
COMUNICAÇÃO DE LÍDER, o Vereador João Dib lembrou os trinta e dois anos de
falecimento do ex- Prefeito José Loureiro da Silva. Em continuidade Vereador Antonio
Hohlfeldt discorreu a respeito de Processos constantes do período de Pauta,
criticando o pouco tempo destinado à votação dos mesmos. Logo após, foi
aprovado Requerimento Verbal do Vereador Reginaldo Pujol, solicitando que sejam
votados Requerimentos antes de ingressarem na Ordem do Dia. A seguir, foram
aprovados o Requerimento n° 110/96 (Processo n° 1467/96) de autoria do Vereador
Edi Morelli, solicitando que o Grande Expediente do dia vinte e seis de junho
próximo, seja destinado a homenagear o 90° aniversário de fundação da Escola Técnica Parobé e 114/96 (Processo n°
1499/96), de autoria do Vereador Giovani Gregol, solicitando que seja convidada
a Associação dos Usuários do Parque da Harmonia, para apresentar proposta de revitalização do Parque Maurício
Sirotsky Sobrinho. Em continuidade foi realizada verificação de “quorum”, por
solicitação do Vereador João Motta. Constatada a inexistência de “quorum”, o
Senhor Presidente declarou encerrados os trabalhos às dezessete horas e
quarenta e três minutos, convocando os Senhores Vereadores para a 3° Sessão
Extraordinária que se realizará logo após ás dezessete horas e quarenta e cinco
minutos. Os trabalhos foram presididos pelos Vereadores Isaac Ainhorn, Edi
Morelli e Mário Fraga e Secretariados pelos Vereadores Fernando Záchia, Luiz
Negrinho e Reginaldo Pujol, do que eu, Fernando Záchia, 1° Secretário,
determinei fosse lavrada a presente Ata que, após distribuída em avulsos e
aprovada, será assinada por mim e pelo Senhor Presidente.
ERRATA
ATA DA QUADRAGÉSIMA TERCEIRA SESSÃO ORDINÁRIA DA QUARTA SESSÃO LEGISLATIVA ORDINÁRIA DA DÉCIMA PRIMEIRA LEGISLATURA -
EM
03.06.1996.
-
Aos registros referentes à votação do Requerimento nº 114/96 (Processo nº 1499/96), deve ser acrescentado que o mesmo
foi encaminhado à votação pelo Vereador Artur Zanella.
O SR. AIRTO
FERRONATO (Requerimento): Sr. Presidente, o meu Requerimento
é no sentido de invertermos a ordem dos trabalhos. Em primeiro lugar o
Grande Expediente, tendo em vista que os homenageados dos Grande Expediente,
GBOEX, já estão presente.
O SR. EDI
MORELLI (Requerimento): Sr. Presidente, solicito que
após o Grande Expediente com a homenagem ao GBOEX entremos na Ordem do Dia
votando em primeiro lugar os Requerimentos.
SR. PRESIDENTE
(Isaac Ainhorn): A Mesa lembra a V. Exa, que
hoje corre Pauta especial da Lei de Diretrizes Orçamentarias, e temos prazo de
votar. Eu tinha entendido a proposição do Ver. Airto Ferronato, que não colide
com a de V. Exa., que primeiro
inverteríamos para prestar homenagem ao GBOEX. Primeiro seria o Grande
Expediente e depois o normal; seria Pauta Ordinária, Pauta Especial e Ordem do
Dia e depois quando ingressássemos na Ordem do Dia votaríamos a proposição de
V. Exa. de antecipar os Requerimentos em primeiro lugar.
O SR. EDI
MORELLI: A
minha preocupação, Vereador Presidente, é que não temos mais tido a Ordem do
Dia em virtude da antecipação do Grande Expediente e conseqüente esvaziamento.
Eu tenho um Requerimento que precisa ser votado hoje.
O SR.
PRESIDENTE: Vereador,
não tem havido isso. Há Projetos de alto interesse publico, como assentamento
de pessoas com problemas de áreas para residirem e temos a tramitação da Pauta
de Projetos que envolve a desafetação de áreas no Município de Porto Alegre e
que envolve celebração de futuro contrato com a Caixa Econômica Federal.
Informamos, também, a V. Exa. que na Pauta corre o Projeto da gratificação de
incentivo aos técnicos-científicos. É indispensável, então, a tramitação da
Pauta já no primeiro momento. Eu tenho certeza de que no dia de hoje, tenho em
vista que teremos que correr mais duas Pautas Extraordinárias, teremos que ter
mais duas Sessões Extraordinárias durante a tarde. Via de conseqüência é óbvio
que com facilidade estaremos ingressando rapidamente na Ordem do Dia.
O SR. EDI
MORELLI:
Não queremos polemizar, apenas quero ratificar que sexta-feira não tivemos
Ordem do Dia por falta de “quorum”.
O SR.
PRESIDENTE: Informamos
a V. Exa. que na sexta-feira ocorreu essa circunstância excepcional tendo em
vista que houve um depoimento em Plenário que se arrastou praticamente até o
inicio da tarde, em que esteve presente
aqui o Diretor-Geral do Departamento Municipal de Limpeza Urbana, respondendo a
questionamentos dos Srs. Vereadores.
Em votação o Requerimento do Ver. Airto Ferronato.
(Pausa.) os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO com ABSTENÇÃO do Ver. Luiz Negrinho.
Os trabalhos estão suspensos para que a
Assessoria nos forneça a relação para passarmos ao Grande Expediente
(Os trabalhos foram suspensos às 14h 29 min)
O SR.
PRESIDENTE (às 14h31min): Estão reabertos os trabalhos. Passamos ao
GRANDE EXPEDIENTE
De imediato, vamos constituir a Mesa dos
trabalhos, registrando a presença deste Presidente, do Sr. 1° Secretariado da
Casa, Ver. Fernando Záchia. Convidamos para compor a Mesa dos trabalhos, o Sr.
Iese Rego neves, Presidente Executivo do GBOEX, o Cel. Irani Siqueira,
Representante do Comandante Militar do Sul, Gen. Ex. Dirceu Ribas Correia, O
Cel. Andrade Neves, Comandante do Colégio Militar de Porto Alegre, o Cel.
Carlos José Nascimento, Comandante do CPOR, o Cel. Luiz Adolfo Sodré de Castro,
Comandante do 3° Regimento de Cavalaria de Guardas. Ê com grande satisfação
que, nesta oportunidade, nós, a representação política desta Cidade, Câmara de
Vereadores, presta neste Grande Expediente, pelo Requerimento do Ver. Artur
Zanella a homenagem pelo 83° aniversário do Grêmio Beneficente dos Oficiais do
Exercito - GBOEX. Para nós, Câmara de Vereadores, se constitui uma grande honra
poder homenagear esta grande instituição que é não só uma instituição de
natureza privada pôr força legal, mas é
também, e se constitui indiscutivelmente, pelo relevantes serviços que presta,
uma instituição da nossa Cidade, do nosso Estado e do nosso Pais. É pôr isso
que a representação política da Cidade nesta
oportunidade, neste dia presta a sua homenagem ao GBOEX. Orgulho-nos
receber a sua Direção, seus conselheiros e associados que vêm aqui participar
dos atos alusivos á comemoração do aniversário do GBOEX. Temos certeza de que
esta instituição, que é octogenária, chegará ao seu centenário, oportunidade em
que toda a sociedade rio-grandense estará integrando-se ás homenagens a esta
instituição.
Receba, Coronel Iese e demais diretores desta
instituição o nosso reconhecimento pessoal e o reconhecimento maior da Câmara
Municipal de Porto Alegre. Passaremos a ouvir a excussão do hine Nacional
Brasileiro pela fanfarra do 3° Regimento de Cavalaria de Guarda do Regimento
Osório, cujo Regente é o 2° Tenente Antônio Carlos de Oliveira que, em inúmeras
oportunidade, tem nos acompanhado em outras homenagens e em Sessões Solenes
numa verdadeira interação deste Legislativo e as Forças Armadas. Aqui mesmo,
nesta Casa há alguns dias, tivemos a oportunidade de receber o Ex-Comandante do
comando Militar Sul, acompanhado dos sues Generais do Estado Maior e apresentar suas despedidas ao General Mário
Sérgio que fora transferido para Brasília. Estamos aguardando a visita já
anunciada do novo Comandante Militar do Sul, o que representará uma integração
original e nova que revela uma integração da sociedade civil e militar neste
novo Brasil, que temos a idéia de construir para o terceiro milênio.
A seguir ouviremos a execução do hino
Nacional Brasileiro.(É executado o Hino.)
Lembramos os Srs. Vereadores que na forma
regimental é facultado o uso da palavra aos Vereadores inscritos no Grande
Expediente, ao requerimento e ás lideranças que desejarem fazer uso do Tempo
Regimental de Liderança.
O Ver. João Dib está com a palavra Ver. Cede
seu tempo ao Ver. Pedro Américo Leal.
O SR. PEDRO
AMÉRICO LEAL:
(Saúda os componentes da Mesa.) quando assumo a tribuna para falar ao GBOEX pôr
mais um ano de sua existência, nem sei quantos anos tem, lembro de cenas,
passam vultos, desenrolam-se momentos em que vivi. Comum de seus diretores, até
me inabilito de falar, porque o GBOEX está profundamente ligado ao Exército
Brasileiro. Em, todas as paragens do Brasil, o GBOEX está presente, circundado
o Exército Brasileiro, sempre ajudando, sempre, modestamente, assessorando as
Forças Armadas, desempenha assim a sua
função, em silencio, fora de sua majestosa e significativa existência,
colaborando com uma organização austera e vigilante.
Ninguém melhor do que eu pode dizer isso,
complemente isento de qualquer intenção de secundaríamos. O GBOEX está presente sempre com sua majestade,
assessorando o Exército Brasileiro.; Melhor do que eu ninguém pode dizer isso,
quando eu perdi a eleição para V. Ex.a. eu sou um perdedor, quando perdi a
eleição, para o meu querido amigo e velho companheiro Iese Rego Neves. Nem pôr
isso deixamos de continuar amigos, continuar companheiros pensando sempre na
grandeza do GBOEX. Uma eleição
acirrada, que deu problemas incríveis, e que, até certo ponto, afastou
amizades, e distanciou companheiros, todavia isso não atingiu ao Iese e a mim,
continuamos amigos, através de todos esses tempos. Eu não poderia deixar de
citar essa peculiaridade até esse paradoxo que o GBOEX encerra,
mas não pôr questões monetárias,
ou de esplendor de cargos porque não se cogita isso. No GBOEX não se tem essa
preocupação, Mas apenas pela vontade enorme em servir cada vez mais o
Exército e ser presente aos companheiros. Lembro-me de tudo isso, não posso
deixar de evocar essas passagens, essas figuras, essas imagens porque me toca profundamente o coração.
Estou emocionado, porque eu falo de anos, anos de vida, depois de ter saído do
Exército e me entreguei ás fileiras do GBOEX, é uma família, que, praticamente
se desloca juntas, e junto com o Exercito. E neste momento em que eu saúdo o
GBOEX, eu fico orgulhoso de ver como o GBOEX está grande, está forte, está
poderoso, Cada vez mais se aperfeiçoando e lançando os seus tentáculos até no
Paraguai, segundo eu sou soube, onde Iese está pretendendo chegar. Se não me
engano, é no Paraguai. Vejam só a grandeza do GBOEX o GBOEX pretende se
internacionalizar e isso tudo dentro da modéstia de uma organização que
poderemos dizer paramilitar. Abanda do
Regimento Osório que está aqui, o que
está fazendo? O que estão todos estes Coronéis, aqui, meus colegas, presentes
nesta solenidade? Pôr que eles estão aqui? Porque o GBOEX faz parte do
Exercito. Acho até que é uma tropa assemelhada. Adido como se efetivo fosse,
Sentimos esta emanação, esta verdadeira espiritualidade do GBOEX e me
transporto dizendo que é espiritualidade, porque me conduzo, me transfiro para 11 anos atrás, quando eu senti
e Assumi esta vivência do GBOEX.
Eu não queria falar, hoje, pedi ao Ver. João
Dib para que falasse. Mas ele, ardilosamente me atirou na luta, porque sentia
que era o momento para que eu utilizasse o verbo, depois do almoço. As emoções
transbordam. Sufocam, não se medem as emoções! O orador muito experimentado não
está livre das emoções, muito pelo contrario, ele pode ser surpreendido pelas
emoções. E, hoje, que sou um veterano de tribuna, me sinto emocionado.
Estranhamente emocionado, porque eu saúdo, aqui, o meu querido GBOEX, onde dei
8 anos de minha vida nas suas fileiras, tentando vencer o Iese, não consegui.
Não me convenço e não me conformo, mas o que eu posso fazer? Perdi para este
homem que, hoje em dia, ostensivamente, orgulhosamente, vem receber a homenagem
de V. Ex.as. E a minha também . Muito obrigado.
(Revisto pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE: Com
a palavra o Ver. Artur Zanella.
O SR. ARTUR
ZANELLA: Sr.
Presidente e Srs. Vereadores. ( Saúda os componentes da mesa.) Demais Diretores
do GBOEX, representantes da Brigada Militar, meu ex.- Comandante, Gen. Edson
Guedes, não meu ex. - comandante de Exercito, mas meu ex.- comandante de tênis
onde ele é um grande atleta, meus senhores e minhas Senhoras.
Vejam os senhores como cada um enxerga um
problema, uma solenidade de uma forma
diferente. Eu pôr exemplo, entrei como
excedente no CPOR, na Policia do Exercito e na cia. Da Guardas e não servi. O
CEL. Pedro Américo coloca a sua carreira militar, que se vê, um soldado e nos
estamos, aqui, homenageando o GBOEX que
fez o seu aniversário em 24 de maio, ele que foi fundado em em 24 de maio de
1913, tem 83 anos e comemora a Batalha do Tuiti, e pôr sua conseqüência o Dia
da Infantaria do General Sampaio. Vejam
bem, esses dados me foram dados porque eu não sou um grande conhecedor da
história do Exercito apesar de que o Ver. João Dib deve se lembrar de que o
primeiro conjunto de apartamentos de toda a região sul é o Conjunto Monte
Castelo da Restinga. O meu regulamento pretende discutir as questões atuais do
Brasil em que cada vez mais a questão
dos fundos de pensão, os fundos de saúde, a previdência aberta complementar é discutido e aí sim o
GBOEX tem que vir aqui prestar o seu depoimento, eis que ele é a maior entidade
de previdência aberta complementar no Pais, um Milhão e meio de planos de previdência Isso é três ou quatro vezes
maior do que o IPE no Estado do RIO
Grande do Sul. O GBOEX e também o GBOEX Confiança, companhia de
seguros que recebeu a sua autorização para funcionar, em 1872, de Dom Pedro
II Depois em 1875, D, Pedro II
novamente dá condições de funcionamento da GB Confiança e isso é antes da
República, antes da Liberação dos
Escravos e esta Câmara de Vereadores de Porto Alegre tem toda a legitimidade de
se ombrear com essas pessoas, Ela que
foi instalada em 06 de setembro de 1773, duzentos e vinte e três anos. Ainda
não existia os Estados Unidos, a Bastilha não tinha sido derrubada, não tinha
havido a Revolução Francesa, mas tinha a Câmara Municipal de Porto Alegre.
Nessa junção de coisas antigas e de coisas novas é que nós queremos hoje
homenagear e discutir porque ás vezes se misturam coisas que não são misturáveis.
Essas entidades de previdência tem
problemas com o Governo Federal, com o Governo Estadual e com o Governo
Municipal no seu trabalho. E eu digo isso tranqüilamente do Governo Municipal
porque nos Comissão de Finanças e Orçamento - Ver. Pedro Américo Leal, João
Dib, Braz, Antônio Hohlfeldt, João Verle estiveram lá falando com o Prefeito - tivemos a oportunidade de reunir essas
entidades aqui na Câmara de Vereadores, e no Município houve a solução do problema, fruto da compreensão da
Prefeitura, de seu Secretário Luiz Alberto Rodrigues, e que trouxe a dignidade
ao assunto que estava sendo tratado. Estavam misturando companhias de seguro,
previdência aberta, com descontos de qualquer coisa. Enquanto os escravos de
Porto Alegre ainda passavam de liteiras
aqui pela frente, ainda oprimidos, a GB Confiança já existia. A primeira guerra
mundial se avizinhava, e o GBOEX foi
fundado. Esta Câmara de Vereadores,
tenho certeza, tem no dia de hoje uma das suas tardes mais gloriosas. Muito
obrigado. ( Palmas.)
(Não revisto pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE: Esta
Presidência registra com satisfação a presença do Sr. Benedito Carlos Fagundes
da Silva, Vice-Presidente do Sindicato dos Seguradores do Rio Grande do Sul; o
Cap. Antônio Arlindo Monteiro da Luz, que representa a 3ª Região Militar; o
Major Carlos Roberto Amador, que representa o Comando da Brigada Militar; o
Cel. Aécio Calfman, Assessor da Presidência do GBOEX; Tenente-Coronel Fernando
Martins, Diretor da GB/Confiança; Edson B. Guedes, Ex-Comandante do Comando
Militar do Sul e Assessor da Presidência do GBOEX; e, representando o Comando
da Artilharia Divisionária da 6ª
Divisão do Exército, o Cel. Vaz
da Silva. Saudamos a todas essas pessoas nominadas, deste já pedindo escusas
se eventualmente, por alguma falha do Setor de Relações Públicas, não citamos
outras autoridades ilustres do conjunto de sócios dessa instituição que hoje
nos honram com a sua presença.
A seguir, falará o Ver. Milton Zuanazzi, da
Bancada do PDT, no tempo cedido pelo Ver. João Motta.
O SR. MILTON
ZUANAZZI:
Sr. Presidente e Srs. Vereadores. (Saúda os componentes da Mesa.) Agradeço ao
Ver. João Motta pela cedência do seu tempo. Falo também pela Bancada do PMDB, a
pedido do Ver. Airto Ferronato, e do PC do B, a pedido do Ver. Raul Carrion.
O que será que acontecia em 1913 que faz com
que venhamos a reverenciar essa data nestes tempos bicudos? O que me vem á
cabeça é o aniversário do meu Município - Bom Jesus se instalava em 1913. Mas o
Brasil também vivia um momento de transição, um momento de mudanças políticas
que iniciavam sua efervescência e que resultariam na grande mobilização de
1930. O ano de 1913, do Marechal Hermes e do Senador Pinheiro Machado, 83 anos
de GBOEX. Como poderíamos deixar de registrar uma passagem como esta? Nesses momentos
em que a discussão que se faz na sociedade, na grande imprensa, no dia-a-dia
das pessoas é sobre o fim do Estado, sobre o enxugamento da máquina pública,
sobre uma espécie de socialização da pobreza e sobre uma valorização permanente
daquilo que teoricamente não seja um peso para a cidadania. Como deixar de
registrar esses 83 anos numa hora em que conquistas fundamentais - num país de
poucas conquistas, essencialmente, poucas conquistas - questionam-se como
irrisórias, desnecessárias, desprezíveis? Como deixar de pensar num instrumento
como o GBOEX, com essa vida, com essa potência, com essa confiança que o GBOEX
adquiriu, em função de anos prestando serviço aos seus associados?
Complementando pensões, instrumento fundamental na vida do cidadão que trabalha,
do cidadão que dedica a sua vida ao País, e entre eles os militares, por que
não? Principalmente eu, que sou filho
de um febiano, de um pracinha dos campos da Itália. Este é o momento de pensar
na hora que instituições, com esta idade, começam a ser questionadas como
desprezíveis, desnecessárias, este é o momento de refletirmos: para onde estão
nos levando? Para onde, um instrumento como é o próprio Exército Nacional, as
nossas Forças Armadas, que passam por um momento de questionamento da própria existência, da sua necessidade,
enquanto instrumento de garantia da nossa soberania, das nossas fronteiras, dos
nossos interesses. Que projeto de internacionalização é esse? Que no fundo
busca internacionalizar e globalizar somente a riqueza, porque torna alguns,
muito pouco mais ricos, e o restante, dependentes. Que processo é que estamos
vivendo, que a discussão da Amazônia não é mais aquela que temíamos, de uma
intervenção armada, e que teríamos que colocar os nossos militares na guerra,
para defender as fronteiras. Não! De uma intervenção que nem em armas pensam,
de uma intervenção pura e simples, por uma declaração unilateral de que aquelas
fronteiras estão abertas, por serem instrumentos de interesse do mundo, e não
do interesse exclusivo do Brasil. Essa a reflexão que eu penso que o GBOEX traz
para esta Casa, neste dia de aniversário, e eu quero aqui registrar a
importância da grandeza do GBOEX, meu caro Presidente, a importância da
grandeza dessas instituições é a importância da grandeza do que nós brasileiros
conseguimos construir enquanto instituições. Essa é a importância que tem que
ser reverenciada, a mostrar que neste País há condições, sim, de se fazer
instrumentos que dêem dignidade, qualidade, futuro para a nossa gente,
perspectiva de que se pode nascer, se criar, trabalhar e morrer em paz, porque
a nossa família continuará vivendo. É o mínimo que um cidadão pode exigir para
a sua vida pessoal e dos seus familiares. É o mínimo de condições para se
construir um país digno, com um mínimo de dignidade. Nesta hora temos que
pensar, refletir e amadurecer. Os militares, em particular o Exército Nacional,
têm um papel importantíssimo nesse debate. Nós, as Câmaras de Vereadores, o
Congresso, os instrumentos políticos da sociedade têm um papel importante a
discutir. Estou acreditando mais na sociedade como um todo, nas suas
organizações, na forma como ela própria trata de se defender, do que
propriamente num certo maneteamento que está havendo nas nossas instituições
políticas e uma certa cegueira, por que não dizer? É certo que o País vive um
período de liberdade. É certo que a imprensa está aí para, teoricamente,
qualificar e proporcionar informação ao nosso cidadão, para que consiga,
através da reflexão, chegar às conclusões do Brasil que queremos. Mas nunca se viu como agora uma linguagem única
neste País. Nunca se viu como agora um Congresso agindo de uma forma tão
sintonizada. Nunca se viu como agora um debate tão enfraquecido. Por incrível
que pareça, no momento em que se vive um processo de democratização, uma
democracia mais plena, aí parece que não há vozes dissonantes. Perdoem-me os
homenageados se aproveito para politizar o meu discurso, mas as coisas se
ligam. O GBOEX existe em cima de uma visão de país, que lá no início do século
já se tinha, e que, agora, por que cargas d’água se pretende destruir? O GBOEX
surgiu numa visão de construção de um país soberano, independente, que pensava
e agia por sua autodeterminação. E agora? Por que será que querem acabar com o
que nos movimentou como país até hoje?
Encerro, dando a todos os associados, aos
dirigentes do GBOEX, aos chefes militares que aqui se encontram conosco, os
meus parabéns. Muito obrigado. (Palmas.)
(Não revisto pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE:
O próximo orador é o Ver. José Valdir, que cede o seu tempo ao Ver. Giovani
Gregol, que fala pela Bancada do PT.
O SR. GIOVANI
GREGOL: Sr.
Presidente e Srs. Vereadores.(Saúda os membros da Mesa.) A Liderança da minha
Bancada, Partido dos Trabalhadores, que é a Liderança majoritária da Casa, pois
somos dez Vereadores e que, também, é a Liderança do Governo Municipal, Partido
hegemônico deste Governo, pediu que os representasse neste ato solene em
homenagem aos oitenta e três anos desta Instituição. Quero ressaltar que o faço
com a maior honra.
A primeira observação que eu quero fazer - eu
falo quase ao final - é que às vezes somos obrigados a repetir aquilo que
oradores anteriores já disseram. Mas que vale a pena repisar, pois aquilo que é
bom deve ser, Ver. João Dib, repetido e, até o óbvio deve ser repisado. Até o
óbvio ululante, como dizia o grande Nelson Rodrigues, às vezes, não é visível.
Tão visível como deveria ou pareceria ser. Então, nós temos que repisar o
óbvio. É uma Instituição que atua numa área fundamental da vida, da qualidade
de vida, que tem sido, muitas vezes, tão secundada no nosso país. É uma
instituição que desde 1913 tem sido administrada com competência, com
honestidade, com probidade. Por isso o GBOEX é essa potência econômica, que
está entre as dez empresas privadas de capital nacional. Conforme o critério de
classificação, seja o lucro líquido, seja o patrimônio, o GBOEX não baixa do
10º lugar. Em alguns casos, está em segundo ou terceiro lugar no “ranking”
nacional, conforme pesquisa realizada
por especialistas do setor, e
que eu li, se não me engano, na revista
“Exame”.
Uma entidade com 83 anos e que tem este
sucesso, este reconhecimento, é porque foi administrada com muita probidade.
Digo isso porque nós todos já estamos cansados de conhecer empresas que atuam
no mesmo setor e que cansaram de deixar as viuvas à mercê, que cansaram de
embolsar o dinheiro dos contribuinte, cujos diretores fugiram para outros
países - não vamos citar nomes para não sermos desrespeitosos - enfim, não
tiveram nada dessa probidade, dessa honestidade, dessa seriedade que os
responsáveis pêlos destinos do GBOEX
têm tido durante todo esse tempo. Isso
merece um destaque especial.
Eu vejo que é quase inevitável que nós
acabemos falando tanto ou mais no Exército do que no GBOEX, propriamente. Mas
acho que é justo, porque isso já está associado até através do “marketing” na
mente do brasileiro. Quando se fala em GBOEX, automaticamente se pensa no nosso
Exército Nacional, que também merece estar sendo homenageado.
Ao contrário do que muitos pensam - mal-informados
ou mal-intencionados -, nós, do PT, e o Exército Nacional temos muito em comum:
o amor pela pátria, o desejo de um País, de um povo, de uma nação, acima de
tudo, independentes, autônomos, soberanos, de um povo que decide o seu destino
e o da sua nação. Isso tudo nos une.
Há uma revista chamada “Teoria e Debate” que
o meu partido - o Partido dos
Trabalhadores - publica. Talvez nem todos a conheçam, mas também os
não-petistas podem e devem lê-la, porque ela trata de assuntos em geral, de
problemas do nosso País e do planeta em geral. Essa revista entrevistou há
aproximadamente 13 anos o chefe da ESG. Na ESG já esteve Lula, fazendo uma
palestra. Na ocasião foi aplaudidíssimo. Todas as pessoas ligadas ao nosso
Partido - Deputados Federais e Senadores - que estiveram na ESG e em outras
instituições do Exército foram muito bem recebidas e aplaudidas. Nessa
entrevista concedida à revista “Teoria e Debate”, o então chefe da ESG fala das definições estratégicas que as
Forças Armadas têm hoje. Se pegarmos o programa do Partido dos Trabalhadores e
o ideário histórico do nosso Exército veremos semelhanças. É verdade que houve
uma série de eventos, mas temos que pensar no Exército como instituição
que passou, no tempo colonial, por
guerras e, também, no Império, como a do Paraguai.
Como eu dizia, nós temos - o PT e o Exército
- muito em comum, inclusive o exercício, a capacidade, a compenetração, as já
tão citadas por mim e por outros:
probidade, honestidade e seriedade no trato das coisas coletivas, das coisas
públicas.
O terceiro aspecto que quero ressaltar - e
vou falar da nossa Cidade, onde nós vivemos, amamos e sofremos - é o papel
cultural que o GBOEX, tem cumprido no nosso País e, especialmente, no nosso
Estado, na nossa Cidade. O GBOEX tem promovido, tem patrocinado pesquisas
históricas, principalmente da área cultural, em que ele tem gravado, através de
discos, de fitas, de publicações de toda ordem - livros, opúsculos, artigos - a
história da cultura no nosso País. Cito o caso de um disco recente do GBOEX, de
canções da Guerra do Paraguai, que tinham sido perdidas, por exemplo, a Canção
das Vivandeiras. Então, o papel histórico, falando das nossas coisas, da nossa
gente, o GBOEX tem patrocinado. E, aqui na Cidade, quero citar outro aspecto e
aproveitar para fazer duas citações e dois pedidos para o GBOEX: Primeiro, que
a grande biblioteca, uma das maiores em cinematografia, estudo do cinema, da
América do Sul, a Biblioteca do saudoso P.J. Gastal, um dos maiores críticos do
cinema desse País, fundador do Clube do cinema de Porto Alegre, também o mais
antigo do País, hoje está de posse do GBOEX. Li, hoje, estarrecido, nos
jornais, que o GBOEX quer-se desfazer desse
patrimônio, isso não é possível. O nosso GBOEX tem que dar acesso
público, se puder não se desfazer, de preferencia, e dar acesso público a essa
biblioteca que está na sede, na 7 de Setembro, seria ideal, além do que já tem
feito, acolhendo esta biblioteca desde que o Gastal era vivo.
Quero ainda citar aquele prédio histórico
belíssimo que vocês tem ali na Riachuelo com Caldas Júnior, que está
abandonado, semi-abandonado e que tememos que a sanha imobiliária que,
justamente ou não, assola a nossa Cidade, o derrube. Pedimos ao GBOEX, que
transforme aquilo num centro cultural como era o projeto original, dê um uso
público para aquele prédio que depois vai fazer um conjunto ali, com o anexo
cultural 2 do Teatro São Pedro que vai estar ali quase em frente, formando um
grande patrimônio arquitetônico e de exercício de cultura para a nossa Cidade.
Muito obrigado.
(Não revisto pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE:
Requerimento do Ver. Pedro Ruas que solicita Licença para Tratamento de Saúde
por sete dias a partir dessa data.
(Obs.: Foi
aprovado o Requerimento do Ver. Pedro Ruas, e dada a posse a seu Suplente,
conforme consta da Ata.)
O Ver. Jocelin Azambuja está com a palavra.
O SR. JOCELIN
AZAMBUJA:
(Saúda os componentes da Mesa.) Demais autoridades aqui presentes, comunidade,
que neste ato homenageiam o Grêmio Beneficente dos Oficiais do Exército. Nós
fizemos questão de vir a esta tribuna para prestar esta homenagem ao GBOEX, e
aqui o faço não só em meu nome, mas também em nome dos companheiros de Bancada
do PTB, porque consideramos fundamental que se analise esta passagem importante
que o GBOEX tem dado, contribuindo sobremaneira com o nosso País, através de
sua estrutura de securidade e com a sua ação nos diversos campos das áreas
culturais e educacionais do nosso País.
Eu, particularmente, tenho muita
tranqüilidade de conversar nesta homenagem, que é mais uma conversa de amigos
do que uma busca de análise mais diversa. Eu venho de uma família de militares,
meu avô foi militar, comandou diversos destacamentos. A família Azambuja é uma
família que, boa parte dela, sempre gostou da atividade militar. Meu pai foi
militar, mas, depois de participar da Revolução de 23, quando viu muitos irmão
morrerem, “ de graça ”, como se diz, em uma Revolução meio sem sentido, acabou
largando a caminhada das Forças Armadas quando já era oficial, com 21 anos. Mas
os demais familiares continuaram trilhando os caminhos do nosso Exército
Nacional, outros em outras áreas, como Aeronáutica e Marinha. Temos procurado,
de uma forma ou de outra, contribuir para a melhoria de vida de nosso País. O
GBOEX tem tido essa passagem interessante nas relações da Previdência Privada,
porque a Previdência no nosso País é uma situação de muita preocupação para
todos nós, até pela tranqüilidade que nos falta como Nação de caminharmos com
objetivos mais tranqüilos. Vejam que se está sempre aos sobressaltos na questão
da Previdência. Lembro-me que o meu pai se associou ao Montepio da Família
Militar e só conseguiu na Justiça receber o que lhe era devido, o que é muito
desagradável e ruim para todo o sistema e foi, realmente, um episódio muito negativo
para todo o sistema de Previdência. O GBOEX tem mantido, ao longo das grandes
mudanças que o País teve, ao longo da sua história, nas alterações econômicas,
a sua caminhada de maneira tranqüila e respeitada por toda a sociedade. Isso é muito bom, tanto cidadãos civis como
os militares têm tido no GBOEX um amparo muito positivo, tanto quando envolve
as questões dos pecúlios, quanto à questão de seguridade em geral. Eu mesmo
tive experiência como advogado de atender a clientes, encaminhá-los e buscar soluções
de pecúlio e rapidamente, três ou
quatro dias depois, tudo resolvido, isso é muito bom para instituições de
Previdência, principalmente porque estamos hoje nos questionando em relação à
situação que envolve a Previdência Social e, por conseguinte, envolve toda a
estrutura previdenciária do País.
É necessário que o GBOEX continue a trilhar esse caminho que trilhou
nesses 83 anos, de forma cada vez mais forte no sentido de dar o retorno que a
sociedade espera. Isso é fundamental, porque, se as instituições não tiverem
segurança e firmeza no seu trabalho, a população, como sempre tem acontecido
lamentavelmente ao longo da história, acaba desacreditado as instituições e se
trilhando um caminho que não deveria. Então, o GBOEX tem essa marca que é importante,
de força muito pujante da nossa Previdência.
Fica aqui uma análise, que o Ver. Gregol
ainda lembrava, da atividade que o GBOEX tem empreendido, justamente, de apoiar
eventos culturais e eu sei também que
na área assistencial, o GBOEX tem agido de forma positiva, mas acho que
poderia fazer bem mais e fica a minha sugestão aqui.
Acho que todos nós temos muito mais a fazer
pelo nosso País e, por fazermos pouco, o nosso País se encontra na situação em
que está. Todos nós temos o dever de fazer mais, mesmo achando que estamos
fazendo bastante. Acho que precisamos fazer mais, porque o que nós estamos
fazendo é muito pouco dentro daquilo que o País precisa. Se nós olharmos, hoje,
dentro da nossa Cidade, do nosso Estado, do nosso País, a situação das nossas crianças,
que lamentavelmente, por incompetência da comunidade, da sociedade, da própria
estrutura de classe média, nós relegamos à marginalidade, à fome, à miséria e
não damos nenhuma perspectiva de futuro.
Fica a minha proposta no sentido de que o
GBOEX amplie mais ainda a sua ação básica para a construção de uma sociedade
forte, que é a questão da educação. O GBOEX tem que investir, de fato, até
mudar os seus estatutos, se for preciso, para investir na educação do nosso
povo brasileiro. Este é um dever de todos nós e não temos sabido cumprir porque
a educação envolve desde o nascimento, com as condições básicas de saúde, e sei
que o GBOEX tem condições de dar apoio e pode fazer bem mais ainda, de aplicar
até os recursos dos lucros que possa auferir ou aquilo que possa conquistar e
investir, justamente num trabalho mais forte em prol dessas crianças. Se nós
olharmos a nossa cidade, eu me sinto até envergonhado de dizer isso, de tantas
pessoas empregadas, tantas entidades que atuam na área da criança; quantas
entidades oficiais, governamentais e não-governamentais e as crianças continuam
pelas esquinas e por todo lugar que agente anda, e sem nenhuma perspectiva de
futuro. Acho que nós deveríamos fazer mais e nós temos falhado e muito. Quantos
dos Senhores, por exemplo, que estão reformados, poderiam estar ajudando? Quantos da sociedade civil que se aposentaram e estão em casa
vendo televisão, em vez de estar ajudando a sociedade a melhorar. Acho que
todos nós precisamos dar esse grito de alerta, para nós mesmos, para assumirmos
uma postura mais forte, mais incisiva e realmente, no sentido de fazer a
educação avançar, porque a única forma de sairmos desta miséria que se mantém
ao longo de nossa história. Temos que fugir disso. Não é possível mais
convivermos com esse distanciamento entre as classes sociais e, ao mesmo tempo,
não é mais admissível que nós vejamos tantas crianças sem nenhuma perspectiva
de futuro. Temos falhado muito. É uma culpa todos nós temos que assumir. É
sinal que podemos e devemos fazer muito mais por essas crianças e pelo futuro
do nosso País. Meus cumprimentos ao GBOEX e espero que possamos cada vez
avançar mais. Muito obrigado.
(Não revisto pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE:
Esta Presidência registra com enorme satisfação a presença dos Diretores da
Associação de Diplomados da Escola
Superior de Guerra prestigiando esta Sessão.
Antes de passarmos a palavra ao Representante
do Grêmio Beneficente dos Oficiais do Exército, queremos aproveitar a
oportunidade para fazer a entrega, para que integre o acervo da biblioteca do
GBOEX, da obra comemorativa aos 10 anos da nova sede da Câmara Municipal de
Porto Alegre. Uma obra de poesias sobre Porto Alegre e com fotos ilustrativa da
Cidade. O titulo é “ Porto Alegre à beira do Rio e em meu coração”.
( Faz-se a entrega da Obra.)
O C.el. Iese nos revelava que para ele tinha um sentido ainda maior,
porque, para ele, na sua modéstia, dizia que é “um pouco poeta”. Vamos ter a
oportunidade agora, numa tarde de trabalho e uma tarde de Sessão em homenagem
ao GBOEX, dentro das festividades que integram este evento, aqui na Câmara, de
ouvir, mais uma vez, a execução de uma apresentação que é muito significativa e
representativa, neste momento. Nós ouviremos a “Canção da Cavalaria”.
(A canção é executada.)
O SR.
PRESIDENTE: O
Cel. Iese Rego Neves está com a palavra.
O SR. IESE
REGO NEVES (Saúda
os componentes da Mesa.) É com orgulho e o com o coração cheio de alegria que
este Diretor-Presidente Executivo do GBOEX - Grêmio Beneficente dos Oficiais do
Exército -, aqui comparece, acompanhado de toda a sua alta administração da
entidade, de funcionários e amigos, para receber tão honrosa homenagem desta
Casa, que faz as leis que regem a vida deste Município, leis democráticas e de
grande alcance, que mostram a reconhecida altivez do legislador gaúcho em todas
as hierarquias.
A altivez reconhecida dos nobres Vereadores e
a democracia que aqui reina, regem a vida deste que agora lhes dirige a voz, a
palavra, que procurou ser um homem altivo e afastado de toda e qualquer forma
de ilegalidade.
Sr. Presidente, viemos aqui receber esta
homenagem em nome do nosso querido GBOEX, esta associação civil, misto de
empresa, reconhecida pela sociedade, reconhecida, principalmente, pela imprensa
brasileira, e mais ainda, pela imprensa especializada, como a maior e mais
poderosa empresa de previdência do sistema previdenciário aberto do Brasil. O
GBOEX completou 83 anos sem nunca ter o seu glorioso nome sido maculado por
qualquer crise, escândalo ou problemas de pequeno porte. Este Presidente que
vos fala, em seus 15 anos de exercício no cargo, pagou, em média em 6 dias, 55
mil pecúlios para os seus associados, para os seus beneficiários, todos eles
pagos pelo valor maior, todos eles pagos num prazo o mais curto possível.
O GBOEX nasceu em terra gaúcha, no
tradicional Colégio Militar, fruto da inteligência e da previdência de alguns
de seus professores. Ali ele nasceu, cresceu, espairou-se pelo Exército, depois
pelas Forças Armadas, e por fim, 3 anos atrás, foi aberto para toda a sociedade
brasileira. O GBOEX tem hoje em dia trezentos e quarenta e sete mil planos de
previdência ativos, sem contar igual número de planos de seguros de vida, acidente e invalidez por acidente. Hoje, o
GBOEX esta há trinta e três anos aberto para toda a sociedade brasileira,
quando aí ele se torna uma empresa realmente de porte nacional, representado em
quase todas as grandes cidades do País. Tem hoje também o maior patrimônio
líquido de todos os componentes do sistema previdenciário nacional aberto. Estamos
presentes fisicamente em todo o Brasil e temos o apoio em nosso trabalho do
maior complexo computadorizado do Sul do País. Por isso, no GBOEX, fazemos tudo
de forma moderna e comedida. Temos um funcionário por cada milhão de patrimônio
líquido, uma quantidade muito pequena de pessoas para levar esse gigante por
todo o País.
Srs. Vereadores, em nome de todo esse quadro
de associados e funcionários do Conselho Deliberativo do GBOEX e de sua
Diretoria Executiva, este Presidente Executivo do GBOEX esta desvanecido por
esta linda homenagem que transcorreu aqui, para o GBOEX, mas sentimos que se espraiou para o Exercito
Brasileiro, que merece também esta homenagem. Por isso, agradeço a todos, ao
Sr. Presidente Isaac Ainhorn, os Srs.
Vereadores, agradecemos a todos os presentes. Orgulhoso e emocionado, eu lhes
garanto que o GBOEX poucas vezes recebeu uma homenagem tão tocante e tão
expressiva. Portanto, muito obrigado, Sr. Presidente, muito obrigado, Srs.
Vereadores. Podem estar cientes de que nunca esqueceremos desta tarde na
gloriosa Câmara de Vereadores da Cidade e do Município de Porto Alegre. Muito
obrigado. ( Palmas.)
(Não revisto pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE:
Nós queremos, mais uma vez, e as manifestações das diversas Bancadas que
fizeram o uso da palavra e por si revelam o reconhecimento desta Casa, da
Câmara Municipal de Porto Alegre, e de toda a sociedade porto-alegrense,
agradecer os trabalhos e os serviços prestados pôr esta instituição . Nós não
tínhamos dúvidas, Sr. Presidente do GBOEX, e também nossos convidados que compõem a Mesa e os que estão presentes a
esta Sessão, de que mais do que uma Sessão Solene, ela seria uma Sessão de
muita emoção, de muita densidade humana, mas também de muito trabalho, porque aqui, nas
manifestações havidas dos Vereadores, nas manifestações do Presidente do GBOEX,
com certeza ficam os registros, não só para os Anais da Casa e para a história
da nossa Cidade, mas igualmente, também, como uma reflexão sobre o conjunto de problemas que preocupam a todos nós.
Muito obrigado aos que aqui vieram, nesta tarde, prestigiar esta Sessão Solene.
Esta Casa sente-se extremamente lisonjeada pela presença dos Senhores e pelas palavras carinhosas e com muita
densidade humana proferidas pelo Presidente do GBOEX a esta Câmara de
Vereadores.
Muito obrigado a todos e, antes de
encerrarmos esta Sessão, um agradecimento especial à Fanfarra do 3° Regimento
de Cavalaria de Guarda, do Regimento Osório, regida pelo 2° Tenente Antônio
Carlos de Oliveira, que nos brindará com o Hino Rio-Grandense.
( É executado o Hino Rio-Grandense.) (
Palmas.)
O SR.
PRESIDENTE: Estão
suspensos os trabalhos, por 5 min, para as despedidas
(Os Trabalhos foram
suspensos às 15h50min.)
O SR.
PRESIDENTE (às 15h57 min): Reabrimos os trabalhos. Solicitamos ao Sr. Secretário Fernando Záchia
que faça a chamada nominal para verificação de quórum.
O SR.
SECRETÁRIO: (
Procede à chamada nominal.) Há quórum.
.
O SR. MILTON
ZUANAZZI (Requerimento): Sr. Presidente, eu requeiro, nos termos regimentais, que façamos 1 minuto
de silêncio em memória ao nosso companheiro e colega, funcionário desta Casa,
falecido neste local, na 6ª feira, Francisco Lopes de Almeida.
O SR.
PRESIDENTE:
A Mesa defere o Requerimento do Ver. Milton Zuanazzi em homenagem ao
funcionário Francisco Lopes de Almeida, conhecido como “Coe”, para quem
passamos a prestar 1 minuto de silencio.
(É feito 1 minuto de silêncio.)
O SR.
PRESIDENTE (Mário Fraga): Havendo quórum, passamos à
PAUTA ESPECIAL - DISCUSSÃO PRELIMINAR
1ª SESSÃO
PROC. 1515/96 - PROJETO DE
LEI DO EXECUTIVO Nº 031/96, que dispõe sobre as Diretrizes Orçamentárias para o ano 1997, e dá
outras providências.
Observações:
- O projeto somente poderá
receber Emendas no período da Pauta e no âmbito da Comissão - Artigos 121 da
LOM e 120, V, do Regimento da CMPA;
- em cada Sessão de
Discussão Preliminar Pauta ( 06 Sessões), poderão falar até quatro oradores,
durante quinze minutos cada um - Art.
120, II e III, do Regimento da CMPA.
O SR.
PRESIDENTE:
O Ver. Isaac Ainhorn está com a palavra para discutir a Pauta.
O SR. ISAAC
AINHORN: Sr.
Presidente e Srs. Vereadores, na Pauta, Projeto de Lei do Executivo que dispõe
sobre as diretrizes orçamentárias para 1997. A lei Diretrizes Orçamentárias,
que vai embasar o orçamento para a Cidade de Porto Alegre deverá chegar a esta
Casa até o dia trinta de setembro, por conseguinte, nós, nesta Discussão
Preliminar de Pauta, chamaríamos a atenção, da Casa e de seus Vereadores para a
prazo fatal do exame desta matéria, que deverá ser encaminhado ao Executivo até
o dia 12 (doze) de agosto.
Esta matéria tem, para a Cidade de Porto
Alegre, um papel fundamental, até porque se constitui nas diretrizes
orçamentárias essenciais que nortearão e embasarão o Orçamento da Cidade de
Porto Alegre para o ano de 1997 e, por conseguinte, para a nova administração
municipal desta Cidade que deverá ser eleita no dia 03 de outubro. Igualmente,
a observação de que não só para o Executivo esta Lei de Diretrizes
Orçamentarias tem uma importância fundamental, mas por igual, para o Poder
Legislativo desta Cidade e também para a Cidade de Porto Alegre.
E na
condição de Presidente desta Casa, tenho convidado e convocado os Srs.
Vereadores para uma ação importante em relação a este momento essencial da
intervenção do Vereador nos destinos da Cidade, que é o momento da elaboração
da Lei de Diretrizes Orçamentárias, embasadora do orçamento para a Cidade de
Porto Alegre no ano de 1997.
E algumas observações em relação a esta Casa
especialmente. De um lado repete, o Projeto de Lei do Executivo, da chamada Lei
de Diretrizes Orçamentárias, a dotação orçamentaria de 3,5% para a Câmara Municipal, quando, já por uma Emenda
aprovada no ano passado para este ano, a dotação orçamentária desta Casa já esteve
em 4 %.
Reitero aqui a importância e por isso o
convite e a convocação aos Srs. Vereadores a uma intervenção decisiva na
elaboração das Diretrizes Orçamentárias, instrumentalizadas através deste
Projeto de Lei, uma participação ativa nos próximos 30 dias de Sessões
Ordinárias, haja visto o prazo que temos - até o dia 12 de agosto - encaminhar essa matéria novamente ao Executivo.
Faço no sentido de, já na primeira Sessão de Pauta, convocarmos os edis, os
representantes populares que aqui têm assento pela legitimidade do voto, para
uma intervenção mais decisiva em relação ao Orçamento e, inclusive, para uma
reflexão maior que tem sido feita nesta Casa e que foi objeto de uma Comissão
Especial, que pode integrar as próprias Diretrizes Orçamentárias, porque elas
dão as coordenadas da elaboração orçamentaria da Cidade de Porto Alegre.
A partir disso, Ver. Luiz Braz - que foi o
relator da matéria “Orçamento Participativo - Sua institucionalização” -
podemos, já com os subsídios introduzidos
pela Comissão Especial, introduzir, através de Emendas, algumas daquelas
conclusões da Comissão Especial que discutiu a institucionalização do Orçamento
Participativo nesta Lei. Trata-se de uma lei ordinária que pode receber
contribuições ao Orçamento Participativo - por que não? - porque ela definirá
as diretrizes do orçamento que deverá chegar a esta Casa até o dia 30 de
setembro e definirá o orçamento da Cidade para o ano de 1997. E nós estamos
inseridos dentro desse processo, Ver. Henrique Fontana, e também nessas
discussões.
Entendemos que a Casa terá, a partir do
momento do exame da Lei Diretrizes Orçamentárias, grande oportunidade de
realçar e exercer, na sua plenitude, a autonomia do Poder Legislativo. Para
isso, para esse importante exercício de soberania e de autonomia do Poder
Legislativo da Cidade de Porto Alegre, convidamos e convocamos os 33 Vereadores
e com certeza, estaremos dando um exemplo para as demais cidades do Rio Grande
e para as cidades brasileiras.
Ainda gostaríamos, a partir das idéias
iniciais que teremos nas discussões preliminares de Pauta, que fosse realizado um trabalho conjunto, de
equipe, por parte das Lideranças desta Casa, que permitisse a introdução das
modificações necessárias para uma maior participação da sociedade no Orçamento
Participativo através da Lei de Diretrizes Orçamentárias e, de outro lado, a
introdução de mecanismos que confiram a esta Casa, Ver. Pedro Américo Leal, uma
maior participação na definição das regras do chamado jogo orçamentário para
que esta Casa possa, com maior força, exercer a sua autonomia e a sua soberania.
Trago à reflexão, nesse contexto global, a
questão das autorizações para créditos suplementares. Isso aqui é linha de
pensamento para a futura administração, a quem nós, como democratas, e como
partícipes de um processo eleitoral, não sabemos quem dirigirá os destinos da
administração da Cidade de Porto Alegre. E, por não sabermos, é que nós,
talvez, teremos as condições de introduzir todo esse conjunto de regras para
uma futura administração que virá, que poderá ser do PT, do PDT, do PPB, do PFL,
do PMDB, de qualquer daqueles que estão
participando dessa pugna eleitoral. Por isso penso que temos que refletir sobre
as autorizações concedidas pelo Legislativo, porque a autorização que
concedemos, Ver. Paulo Brum, é de um pouco da soberania desta Casa que estamos
abrindo mão no cotidiano da ação parlamentar. Ninguém de nós tem convicção de
quem comporá as 33 cadeiras desta Casa. Estaremos preparando este trabalho para
a próxima Legislatura, para os 33 novos Vereadores que aqui estarão, como
estaremos, também, preparando o trabalho para o Prefeito.
Tenho certeza de que, neste trabalho sério,
responsável, isento, nós estabelecemos na LDO um processo de participação
popular mais firme e decisivo, uma participação intensa nesta Casa e, de outra
parte, linhas e regras básicas que definirão, com certeza, um exercício maior
da autonomia do Poder Legislativo, sem confrontar com o Poder Executivo, mas,
ao contrário, a autonomia permitirá que as relações sejam exercidas com
respeito, com dignidade e com responsabilidade. Muito obrigado.
(Não revisto pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE: O
Ver. Airto Ferronato está com a palavra.
O SR. AIRTO
FERRONATO: Sr.
Presidente, Srs. Vereadores. Ver. Isaac Ainhorn, eu estava ouvindo atentamente
a exposição de V. Exa., e começaria perguntando: que autonomia financeira tem o
Legislativo - disso falo de cadeira, por experiência própria de alguns anos.
Que autonomia tem o Legislativo, e sabemos que a peça orçamentária desses
últimos oito anos, que aqui estou, chegou na Câmara, sempre, com valores bem
abaixo daquilo que efetivamente se realiza no Executivo. O Orçamento do ano de
1996, que chegou à Casa quando eu era Presidente da Câmara, eu já sabia que
aqueles 4% de verbas que estavam destinados à Casa não comportariam os gastos do
Legislativo durante todo o exercício. Os orçamentos que chegam à Câmara, Srs.
Vereadores, estão sempre com valores subestimados, menores do que aquilo que
efetivamente se realiza. Daí, porque, é importante que se inicie uma discussão
em relação á previsão orçamentaria anual, total, do Executivo, para que, com
isso, se saiba qual a parcela de recursos que cabe ao Legislativo.
No ano passado, passamos com verbas aquém das
verbas reais para pagar pessoal, disso sabia muito bem o ilustre Vereador
Clovis Ilgenfritz - 1° Secretário. Na verdade, nós passamos todo o ano com
recursos abaixo da capacidade de pagamento do servidor, e pedindo suplementação
a cada mês, a partir de setembro, nós pedíamos no dia dois, para ter recurso
orçamentário para pagar no dia 30.
O Sr. Isaac
Ainhorn: V.
Exa permite um aparte? (Assentimento do orador.) Vereador, considero
extremamente importante este depoimento feito pelo fruto da experiência de V.
Exa. e, sobretudo, com a experiência que V. Exa. traz em seu currículo em
relação ao chamado direito financeiro, e a questão orçamentária em função das
atividades inerentes à sua atividade profissional. Eu acho, exatamente, que
esta experiência, esta prática que V. Exa. possui é fundamental e importante
para nós buscarmos caminhos que possam proporcionar o exercício da nossa
autonomia. Se a experiência da prática nos mostrou que, nos oito anos últimos,
a arrecadação supera o que normalmente é atribuído em termos de previsão
orçamentária ela nos permite, exatamente, buscar que caminho? Os caminhos que
possibilitem que esta Casa venha a exercer a sua autonomia. No momento em que o
Executivo é superavitário nas suas previsões orçamentarias e ele dispensa
comparecimento à Casa para pedir suplementação, evidentemente que as
possibilidades de um equilíbrio nas relações não existem de forma equilibrada,
mas pesam mais em favor do poder Executivo. Eu subsidio V. Exa. complementando
as ponderações e as experiências que V. Exa. está colocando da tribuna.
O SR. AIRTO
FERRONATO:
Agradeço o aparte de V. Exa. Eu sei que V. Exa. a partir de setembro, terá
enormes dificuldades na administração de pessoal, especialmente. E sei que
qualquer movimentação de pessoal a partir dessa data é situação extremamente
delicada, que anos leva a um brete de difícil saída.
Gostaria de dizer que o artigo 1° do nosso
Projeto de Lei Orçamentaria diz que o Executivo manda à Câmara, até o dia 30 de
setembro o Projeto de orçamento. Nós estamos apresentando uma emenda exatamente
da forma em que já nos manifestamos na Comissão que tratou do Orçamento
Participativo, para que o Executivo encaminhe junto com aquele projeto, que
apenas consta de números, códigos e valores. Eu, uma vez fiz a
conta - deu em torno de 20 mil a
30 mil códigos, entre códigos e valores - e disse que na verdade o Executivo
poderá mandar, por emenda, o plano de investimento, que nós recebemos sempre
depois de votado o projeto. Eu não tenho me cansado de elogiar o Executivo a
esse respeito - e vou elogiar de novo. O Executivo, aprovado o orçamento da
Câmara, ele manda à Casa um caderno contendo todas as obras a serem executadas
no ano seguinte. Por que não pode mandar antes da votação do orçamento? Poderá
estar pronto, pois não acredito que no Executivo se discutam apenas códigos e
números; se discute onde serão aplicadas essas verbas. A partir disso, o
Executivo poderá encaminhar à Câmara um projeto prévio, uma proposta; nós não
pretendemos que venha acabada, mas que venha à Casa o seguinte: R$ 1 milhão em
obras de esgoto para sabermos quais as ruas que vão ser beneficiadas com esse
esgoto. O Executivo manda logo após a aprovação: ele pode mandar durante a
discussão da Câmara esse documento. Não precisa ser de forma pronta e acabada,
mas será como um norte para nós, Vereadores, sabermos onde estão sendo usadas
essas verbas.
O Sr. João
Verle: V.
Exa. permite um aparte? (Assentimento do orador.) Nobre Vereador Ferronato,
essa sua idéia é interessante - nós já conversamos sobre ela em outros momentos
- só que na atual sistemática do Orçamento Participativo é praticamente
impossível até 30 de setembro haver a definição completa.
O SR. AIRTO
FERRONATO: A
minha Emenda prevê 1° de novembro.
O Sr. João
Verle: Aí
já fica mais viável, mas temos que ver
se isso não atrapalharia a tramitação na CEFOR. Certamente, vamos encontrar uma
alternativa, Vereador, ainda que seja uma disposição que estabeleça que o
Executivo tem que mandar à Câmara, antes do início do próximo exercício, essa
relação, então, a Câmara terá poder para, a qualquer momento, fazer mudanças.
Não ter maiores dificuldades; a questão é apenas viabilizar tecnicamente essa
idéia de V. Exa.
O SR. AIRTO
FERRONATO: Agradeço
e acho que é importante. Segunda observação: em 90, apresentei uma Emenda à Lei
Orgânica e, lamentavelmente, perdi, como voto contrário de toda a Bancada do
PT, inclusive. A Emenda precisa de 23
votos para ser aprovada. Dizia o seguinte: “obra iniciada num governo deve ser
continuada no governo seguinte”. Não foi bem entendida a Emenda, naquela
oportunidade, Ver. José Valdir, até porque estava sendo discutida a proposta
dos CIEPs. E pareceu que eu estava fazendo uma represália aos CIEPs. Logo
depois, a Câmara aprovou um projeto de minha autoria - hoje, Lei, está sendo
cumprida -: “obra iniciada num governo em Porto Alegre, não concluída, deve ter
continuidade nos governos posteriores”.
Aliás, vi, de um ilustre Deputado, um projeto mais ou menos igual, e ele dizia
que era inédito no Brasil. Não é verdade no Brasil, inédito foi em Porto
Alegre. Andei, certa vez, fazendo uma palestra em Natal, Rio Grande do Norte, e
os “caras” me xingaram bastante, dizendo que um projeto tal era
inconstitucional. Eu disse: “Quero que me digam onde está a
inconstitucionalidade de um projeto desses.” É perfeitamente constitucional.
Daí porque estou apresentando outra proposta com redação bastante amena. Acho
que é o momento, o “pontapé” inicial para se implantar em Porto Alegre algo que
venha a modificar mais uma vez e a inovar, em nível nacional os processos do
relacionamento do projeto de orçamento, que não me canso de dizer que é uma lei
autorizava que não impõe nada. A sociedade xinga cada vez que não se incluiu
uma emenda “x” no Orçamento. Mas, incluir, se o Prefeito não quer fazer é a
mesma coisa que não incluir. Porque na verdade a competência é do Prefeito.
Então, estou com uma emenda que diz: inclua-se artigo onde couber, “as obras
aprovadas no Orçamento anual, as quais constarão em Plano de investimento - é
aquele documento do Executivo que não me canso de elogiar - não iniciadas ou
não concluídas no ano de 1997, poderão ter prioridade na sua inclusão do
Orçamento anual de 1998”. Sei que elas poderão ter prioridade, mas é uma
redação que se daria agora, no sentido de se começar a discutir com a sociedade
organizada e com o próprio Orçamento Participativo da Cidade de Porto Alegre,
que existe, e que acredito que é uma posição inicial, para um longo debate que
se deverá travar no futuro em Porto Alegre.
O Sr. João
Verle: V.
Exa. permite um aparte? (Assentimento do orador.) Essa sua preocupação inicial
está contida, não especificamente, no art. 11 da LDO que diz o seguinte: consta
no anexo desta lei as diretrizes relativas a cada uma das prioridades definidas
no art. anterior, adequando-se sua inclusão na proposta orçamentária a
disponibilidade de recursos. No parágrafo 2º diz que os investimentos em fase
de execução terão preferência sobre o nosso projeto. No parágrafo 3º diz: a
programação de novos projetos não se poderá dar a custa da anulação de dotações
destinadas aos investimentos em andamento.
Penso que neste caso a preocupação válida de
V.Exa não está demais, se melhorássemos, inclusive, a redação.
Queria dizer a V. Exa. que no caso das obras
que são definidas pela comunidade
constam do plano de investimento, salvo impedimentos de natureza técnica
que são apresentados e discutidos com a comunidade, essas obras são concluídas,
mesmo que eventualmente sejam concluídas no ano seguinte.
O SR. AIRTO
FERRONATO: A
minha emenda apenas ajuda. Eu vou lhe fazer uma pergunta. Significa o seguinte:
Que a obra prevista no orçamento de 1990, foi o primeiro orçamento encaminhado,
todas aquelas obras prevista naquela relação estão concluídas hoje?
O Sr. João
Verle: Eu
não tenho informação dos anos anteriores, do início do nosso governo, mas sei
que agora as obras estão sendo concluídas a partir do momento em que ficou
melhor definido o funcionamento do próprio Orçamento Participativo para a
comunidade, inclusive, acreditar nele. Se a obra não for concluída a
comunidade, com razão, vai questionar o Orçamento Participativo.
O SR. AIRTO
FERRONATO:
Estou apresentando 5 emendas retirando uma expressão que diz o seguinte: “ que
será colocado verba no item 9 mil, reserva de contingência, no mínimo 5% .” Eu
estou tirando a palavra no mínimo, porque o mínimo de 5% eu não entendi. Por
outro lado eu fui o Vereador, talvez de oposição que mais lutou nesta Casa para
incluir na Lei de Orçamento da automaticidade de correção do Orçamento. Por
que? Porque na época nós tínhamos correção de até 30, 40% ao mês, agora, que a
nossa correção monetária oficial está sob patamares razoáveis, eu estou
colocando que a correção do orçamento será feita quando a inflação do mês for
igual ou superior a 3 %.
Para concluir, não poderia deixar de falar de
um detalhe que é exatamente o 3,5 % verbas para a Câmara Municipal. Eu não
consigo compreender por que o Executivo todos os anos coloca esse índice de 3,5
% se a Câmara todos os anos tem levado a 4 %. A Câmara nunca tem chegado a
isso, até porque as presidências da Câmara, e eu não me tiro fora, sempre
chegaram a patamares abaixo desse valor, com uma administração séria, austera.
Então, é impossível a Câmara arcar com
3,5 %. Por que não se deixar aqueles 4
% e se fiscalizar a própria Mesa Diretora, como a Câmara tem feito
permanentemente? Muito obrigado.
(Não revisto pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE:
O Ver. Luiz Braz está com a palavra, em Pauta Especial.
O SR. LUIZ
BRAZ: Sr.
Presidente e Srs. Vereadores, não vou utilizar os quinze minutos porque quero
fazer um comentário inicial a respeito deste Projeto de Lei que chega à Câmara
Municipal e que começa a ser analisado por todos os Srs. Vereadores. Para
iniciar a análise deste Projeto de Lei eu vou para o art. 10 que diz: “A
distribuição de recursos nas Leis Orçamentárias de 1997 deverá atender as
seguintes prioridades: 1 - Intervenções
urbanas com prioridade popular; 2 - Organização da cidade; 3 - Transporte; 4 -
Educação; 5 - Saúde; 6 - Assistência Social.” Aqui eu vejo a primeira grande incoerência deste Projeto de
Lei. Ver Nereu D’Ávila, quem estabelece prioridades para as áreas de educação e
saúde? Não é o orçamento participativo as esferas populares com as quais se
reúne a administração municipal? Quem estabelece essas prioridades? É a lei
Orgânica Municipal. É lá na Lei Orgânica do Município que não se pode dar menos
do que está estabelecido na Lei para a educação e para a saúde. Então, não
adianta outros setores da sociedade dizer que para a educação e
saúde, a educação está em 4° lugar e a saúde está em 5° lugar, porque a
Lei Orgânica do Município diz que esses itens são tratados de maneira especial;
então não podem ser tratados dessa forma, como está dispondo o art. 10º.
Sr. João
Verle: V.
Exa. permite um aparte? (Assentimento do orador.) Nobre Vereador, a resposta
para a sua preocupação está no artigo anterior, no art.9º, onde está bem claro
que o projeto do Orçamento tem que cumprir, não poderia ser de outro modo, as
disposições da Lei Orgânica de 13 % da despesa total para a saúde e 30% para
despesa com educação.
O SR. LUIZ
BRAZ: Vereador,
eu estou lendo o art. 9º, só que dispondo como está o art. 10°, o que está
acontecendo nas discussões com o Orçamento Participativo é que se ilude a
opinião das pessoas que estão colocando a educação em 4° lugar, a saúde em
5°, o transporte em 3°, a organização da Cidade em 2° e intervenções
urbanas com prioridade popular em 1°, porque, afinal de contas, todos esses
itens ficam á mercê daquilo que vamos fazer com os recursos que sobrarem da
educação e da saúde. Então, educação e saúde têm que vir em primeiro plano;
aliás, não merecem nem estar aqui entre essas prioridades apontadas pela
população, porque querendo ou não querendo o Orçamento Participativo isso já
tem um determinado percentual que é ditado pela Lei Orgânica do Município.
Então, não adianta as diversas esferas do Orçamento Participativo não quererem dar nada para educação ou para a
saúde, porque isso não tem um tratamento como está sendo apontado aqui pelo
art.10°.
Vamos
ver o art. 12° da Lei de Diretrizes Orçamentárias. Aqui está, mais uma
vez, estampado o menosprezo da Administração Municipal por esta Casa. Aliás,
para ela não deveria nem existir esta Casa, porque ela não gosta de ser
fiscalizada. E eu acho que esse art. 12 º é o símbolo daquilo que estamos
afirmando aqui desta tribuna, porque aqui diz que na elaboração do Projeto de
Lei Orçamentária da Administração Direta as despesas com o Legislativo não
excederão a 3,5 %. Senhores funcionários deste Legislativo, os senhores já têm
problemas cruciais com salários, problemas de aumento de qualquer ordem,
qualquer tipo de gratificação que não pode ser dada, exatamente, porque existe
uma limitação que agora é de 4 %, mas
que quer o Executivo que seja de 3,5 %. Ora, se 4 % já não são
suficientes para que os funcionários deste Legislativo, que não tem um grande
quadro funcional em matéria de quantidade de elementos. Nós temos aqui 600
pessoas, no máximo, que compõem este quadro do Legislativo. Ora, com 600
pessoas, 4 % que foram destinados para este ano já não são suficientes para
suprir todas a nossas necessidades, quer o Executivo Municipal que o
Legislativo seja ainda mais achatado, que tenha 3,5 %. A minha proposta é
diferente, e nós vamos oferecer a Emenda a este artigo 12.
Eu acho que nós devemos voltar a ter os 4 %,
mas não apenas das receitas correntes do município; eu acho que os 4 % da
Câmara Municipal devem ser da receita total de Município. Aí nós estaríamos
realmente fazendo justiça a esta Casa e a esta proposta que nós vamos colocar como emenda a este
artigo 12 para voltar a oferecer a este Legislativo a proposta de grandeza, e
dar a este Legislativo todos os mecanismos necessários na conduta do Executivo,
porque afinal de contas, daqui a pouquinho, nós vamos aprovar esta lei das
diretrizes orçamentarias, vamos depois de acordo com esta lei, aprovar a lei do
orçamento e depois com o orçamento vamos ter condições de fiscalizar, porque já
temos um problema que está centrado exatamente em como o Executivo Municipal
trabalha junto com o Orçamento Participativo. Isso faz com que nós tenhamos
dificuldade, Ver. Pedro Américo Leal, de fiscalização, nós, por exemplo, não
conhecemos as obras que foram programadas para este ano no Município; as obras
que foram feitas pela administração, eu duvido que Vossa Excelência teve
condições de fiscalizar, como eu também não tive, como Vereador de oposição
desta Casa não teve, apenas a Bancada da situação que não tem interesse de
fiscalizar a relação destas obras e nós temos que mudar tudo isso, e para mudar
nós queremos fazer com que, lá na Comissão de Finanças e Orçamento, que é a
comissão principal desta Casa, que elabora a proposta final que vem para este
Plenário para ser votado no mês de novembro, possamos fazer quatro audiências
públicas. Esta é uma das resoluções que tiramos dos debates sobre a Comissão do
Orçamento Participativo.
Este ano eu quero fazer algo diferente, eu
quero fazer uma audiência pública na Comissão de Finanças e Orçamento no mês de
agosto, uma outra no mês de setembro,
uma outra no mês de outubro e uma outra no mês de novembro. Por quê? Porque nos
meses de agosto e setembro, nas duas audiências públicas, nós vamos discutir os
limites impostos pela Lei das Diretrizes Orçamentárias, quando chega o final do
mês de setembro, chega na Casa o projeto do orçamento, com ele na mão, vamos
discutir nessas audiências públicas, onde vamos solicitar ao Executivo, que
mande para esta Casa relação das obras que foram eleitas como prioritárias pelo
Orçamento Participativo, na discussão que termina exatamente no mês de julho,
vamos querer a relação dessas obras para que elas sejam discutidas pelo
conjunto da sociedade lá na Comissão de finanças e Orçamentos e mais duas
audiências públicas, uma no mês de outubro, e a outra no mês de novembro.
Quando terminamos a discussão, na Comissão de Finanças e Orçamento, vamos ter
todas as condições para podermos fiscalizar. O que não pode acontecer é de
repente, passar uma proposta como essa aqui que diz: “ nos orçamentos da
Administração Direta e Indireta constarão as seguintes autorizações...” Quer
dizer, cheque em branco para abertura de créditos suplementares até o limite de
10% do total da despesa autorizada. Eu acredito que nós não devemos passar esse
cheque em branco mais. No Orçamento deste ano nós passamos esse cheque em
branco dizendo que essa suplementação seria até o limite de 5%, o Executivo,
não satisfeito quer dobrar essa autorização, quer colocar uma autorização para
10%. O Ver. Ferronato já tem uma Emenda diminuindo de 10 par 5, eu também vou
colocar uma Emenda, como proposta, simplesmente não colocando qualquer tipo de
suplementação autorizada. Eu acho que as suplementações têm que ser votadas por
este Plenário. Quando o Executivo quiser suplementação, ele deve solicitar a
este Plenário. Então nós temos que modificar este artigo 7° ou pela proposta do
Ver. Airto Ferronato ou pela proposta deste Vereador.
O Sr. João
Dib: V.
Exa. permite um aparte? (Assentimento do orador.) Nobre Ver. Luiz Braz, V. Exa.
está falando em suplementação e é uma coisa que me preocupa seriamente, eu
nunca tinha visto Secretário de Município, por um ato, fazer uma suplementação,
e ainda usando como recursos para a suplementação realizada o aproveitamento do
excesso de arrecadação. Isso eu não tinha visto.
O SR. LUIZ
BRAZ: E V.
Exa. agora viu, Ver. João Dib?
O Sr. João
Dib: Está
no Diário Oficial do Município: O Secretário de Educação abre crédito
suplementar usando recursos do excesso de arrecadação. Isso eu não tinha visto.
Demitiram o Prefeito.
O SR. LUIZ BRAZ: Aliás, chamamos a atenção deste Plenário:
esta Lei das Diretrizes Orçamentárias é a proposta mais importante que estamos
votando aqui nesta Câmara, porque é exatamente esta Lei das Diretrizes
Orçamentárias que vai estabelecer os limites dentro dos quais vai ser votado o
Orçamento. Se nós pestanejarmos aqui na votação desta LDO, o que vai acontecer
é que quando nós estivermos votando o Orçamento, simplesmente nós vamos estar
de mãos atadas porque na votação do Orçamento nós não estabelecemos limites
dentro da LDO e aí lá na votação do Orçamento não podemos fazer mais nada. Então,
temos que colocar, realmente, limites rígidos. Afinal de contas esta é a nossa
obrigação, porque somos fiscais do Executivo, temos que colocar limites rígidos
nesta LDO a fim de fazemos com que o Orçamento possa ser um Orçamento bem
dirigido, enxuto e que possam, Ver. Pedro Américo Leal, os Vereadores da
próxima Legislatura, ter condições de fiscalizar porque senão os Vereadores da
próxima Legislatura serão como estes aqui da nossa Legislatura que apenas
homologamos a peça orçamentária que foi submetida a esta Câmara. Foi isso que
na verdade nós fizemos, mas acredito que pelo menos essa lição que nós
aprendemos possamos passá-la para os Vereadores da próxima Legislatura, talvez
alguns de nós estejamos na próxima Legislatura, mas alguns não. Vamos apontar
os erros cometidos por nós Vereadores desta Legislatura e tentar corrigi-los.
Que os Vereadores que vêm aí tenham todas as condições de fazer a fiscalização
que nós não tivemos nesta Legislatura, porque, simplesmente, fomos
homologadores do Projeto do Orçamento, não tinha o que votar, não sabíamos qual
seria a desatinação, quais as obras que seriam feitas. Enquanto lá na Câmara
Federal, ou na Assembléia Legislativa se discute obra por obra, aplicação por
aplicação, aqui não acontece isso porque os valores são genéricos. Temos a
obrigação de corrigir esses erros, e doarmos para a próxima Legislatura meios
melhores para que eles possam atuar nesta Câmara de Vereadores. Muito obrigado.
(Não revisto pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE:
O Ver. João Verle está coma palavra.
O SR. JOÃO
VERLE: Sr.
Presidente, Srs. Vereadores. O Ver. Luiz Braz tem razão, efetivamente a LDO é
uma das Leis mais importantes que esta Casa tem para discutir e votar, por
isso, como tem sido feito nos outros anos - espero que neste o seja ainda de
uma forma mais zelosa - , surjam emendas para aperfeiçoar essa proposta que é
genérica, que corresponde as diretrizes dos orçamentos que o Poder Executivo
Municipal tem que elaborar e encaminhar a esta Casa. É por isso que, durante
seis Sessões, teremos uma Pauta Especial com o tempo de 15 min. para cada um
dos quatro Vereadores que irão inscrever - se, para que discutam com
profundidade essas questões. Começando no dia de hoje até o dia quatorze deste
mês, nós teremos a oportunidade de não só discutir, mas nesta fase, apresentar
Emendas. E é bom que o Ver. Airto Ferronato já anunciou, aqui, hoje, uma série
delas. Nós temos, sim, que fazer esta discussão, porque, no dia 2 de agosto,
expira o prazo para a CEFOR produzir o
seu Parecer. E nós teremos, depois, o anúncio para inclusão na Ordem do dia, no
dia 5 de agosto. Como nós temos o recesso de julho, se não tivermos nenhuma
convocação ou autoconvocação
extraordinária, precisamos trabalhar bastante neste mês, porque, no
inicio de agosto, já devemos estar concluindo os trabalhos da CEFOR, que é a
Comissão Técnica, onde ainda se pode apresentar Emendas. Em outros momentos,
nós temos acertado um rito, que me parece necessário, para que não surjam
Emendas de última hora, salvo algumas, excepcionais, que consensualmente se
admita, para que o Relator possa
examinar com vagar e produzir um Relatório consentâneo com a importância deste
texto que vamos votar. Então, eu sei que os Vereadores têm já presente esta
questão e vão debruçar sobre a LDO, neste momento, já que todos sabemos da sua
importância. O Artigo 3° do Projeto de Lei reafirma: “Na elaboração dos
Projetos de Leis Orçamentarias, na fixação dos seus programas, projetos,
objetivos e metas, buscar-se-á a participação da sociedade civil.” Isso já vem sendo
repetido, isso acontece, está na nossa Lei Orgânica e alguma coisa que vem
também neste Projeto, porque esta LDO foi discutida pelo Orçamento
Participativo como as anteriores e na discussão com o Conselho do Orçamento
Participativo surgiram algumas sugestões de Emendas. Uma delas é do Artigo 12
que estabelece 3,5% das receitas correntes como limite para as despesas nesta
Casa. Aliás, em outros anos também já aconteceu isso e foram apresentadas
Emendas que elevaram para 4%, já antecipo, me parece ser o percentual adequado.
Portanto, não teria inconveniente em votar a favor da Emenda anunciada pelo
Ver. Ferronato em elevar para 4%. Por
que há essa insistência do Conselho do Orçamento Participativo em reduzir a participação
desta Casa? Eu diria que é uma incompreensão, porque entendem muitos desses
conselheiros que há uma hostilidade da Casa em relação à participação popular
na discussão do Orçamento Participativo. Coisa que estou convencido de que não
há. Salvo alguns poucos Vereadores, a grande maioria já mostrou que concorda,
que aceita, que julga boa a participação popular, e portanto não a temem.
Apenas, evidentemente, quando há algum excesso, como por exemplo afirmar que
esta Casa não tem poder de decidir, e que às vezes acontece pelo lado da população
organizada, outras vezes por parte de alguns Vereadores que, dramatizando a
questão, procuram dizer que o Orçamento Participativo substitui esta Casa.
Na
realidade, acho que o que importa é uma atividade que se dê de forma combinada,
de forma discutida. Fizemos isso agora na Comissão Especial, onde o próprio
Ver. Luiz Braz, que foi Relator, pôde, inclusive, no transcurso da discussão -
isso mostra a sua capacidade do compreensão, sua inteligência - modificar a sua
opinião em relação ao orçamento, o que não impede que se tente estabelecer
algum freio, alguma modificação na forma como vem se dando hoje a discussão com
a população através do Orçamento Participativo. Algumas idéias foram levantadas
na Comissão, algumas foram incluídas no Relatório final do Ver. Luiz Braz.
Quero fazer um comentário sobre a questão das
audiências pública, que em um primeiro momento foram propostas para agosto e
setembro, contraditoriamente com a posição que o Relator expressou de que a
Câmara não deveria intervir na fase da elaboração, apenas depois na discussão.
E, como o Projeto é encaminhado até 30 de setembro, evidentemente, em agosto, e
setembro, certamente, teria que incidir sobre a fase de elaboração, já não
sobre a LDO porque a LDO estará aprovada já no inicio de agosto. Então, as
audiências públicas que se derem em agosto e setembro, elas terão,
necessariamente, para ter alguma finalidade, que incidir sobre a fase de
elaboração quando, então, esta Casa estaria “invadindo” a esfera de competência
do Poder Executivo, se é que entendi bem a posição do Ver. Luiz Braz.
Posteriormente, nós teríamos mais duas, aítudo bem porque seria depois que o
orçamento está nesta Casa.
O Sr. Luiz
Braz: V.
Exa. permite um aparte? (Assentimento
do orador.) Ver. João Verle, eu acho que ficou bem entendida, na Comissão, a
idéia de que o Orçamento Participativo é praticamente um assessoria do
Executivo nesta primeira fase que é a fase de elaboração da peça orçamentária,
mas como V. Exa. citou as audiências públicas, as audiências públicas que nós
estamos anunciando aqui, uma para o mês de agosto e uma para o mês de setembro,
são audiências que já têm condições, sim, de discutir o Orçamento, Ver. João
Verle, não para influir na fase de elaboração do projeto orçamentário mas como
nós temos a LDO já pronta, em cima da LDO e com relação de obras que vai ser
enviada pelo Executivo para esta Casa, já podemos começar a discutir aqui, as
audiências públicas dentro da Comissão de Finanças e Orçamento e logo após a
chegada da peça orçamentaria que se dá no final do mês de setembro, aí, podemos
fazer mais 2 audiências públicas porque já estaríamos discutindo em cima do
projeto do orçamento, mas sem querer influir na elaboração que é feita pelo
Executivo.
O SR. JOÃO
VERLE: Gostaria
de retomar o meu raciocínio, embora confesse um pouco contraditória essa
posição, mas poderemos voltar em outro momento a fazer esta discussão. No art.
7° se coloca uma autorização para que haja abertura de crédito suplementar.
Isso é de praxe em todos os orçamentos de todas as esferas de Governo e se
coloca um limite de 10% do total da despesa autorizada, como já se fez em
outros momentos, e que foi reduzido para 5 %.Eu penso que seria adequado 5%.
Desde logo, uma inexistência dessa autorização, iria dificultar enormemente a
administração do Município na medida em que uma quantidade grande de projetos
teriam que ser remetidos a esta Casa, alguns para serem aprovados em um prazo
muito curto de tempo e há uma natural rejeição a esse comportamento com a
acusação de falta de tempo para discutir e muitas vezes o projeto demanda um
prazo maior para aprovação.
Agora, o fato do Ver. Luiz Braz anunciar a
sua intenção, que espero que não se concretize, de apresentar uma emenda
zerando este limite, retirando esta possibilidade só pode provar que o Ver.
Luiz Braz está convencido de que o seu partido não chegará ao Executivo, que
não vai ganhar a próxima eleição. É uma confissão que é explicita na medida em
que todos ao governos sempre devem ter um mínimo de possibilidade de
ajustamento no orçamento e como há uma proibição legal de fazer o remanejamento
de recursos entre as diferentes dotações, evidentemente, que precisaria de uma
autorização para abrir créditos
suplementares de um percentual que eu penso ser de 5%. Certamente não será
demais e tem se comprovado em outros momentos com a economia relativamente
estabilizada e com o mecanismo do reajuste automático das dotações
condicionadas à variação positiva da receita que é um expediente universalmente
utilizado.
O Sr. Luiz
Braz: V.
Exa. permite um aparte? (Assentimento do orador.) Ver. João Verle, V. Exa. fez
uma referência não muito elogiosa ao partido deste Vereador. Nos legislamos
nesta Casa independente do partido que estiver no Governo. Não sabemos qual é o
partido que vai assumir no ano que vem e estou propondo uma fiscalização mais
rígida por parte desta Casa. Acho que esta Casa tem sido muito benevolente com
as administrações e isso é ruim para a sociedade.
O SR. JOÃO
VERLE: Confesso
que não tive intenção de fazer qualquer referência menos elogiosa ao partido de
Vossa Excelência. Penso que essa manifestação de V. Exa. desmerece esta Casa na
medida em que há sim uma fiscalização e não quero dizer que ela não possa ser
mais intensa por que eficiente ela é. Muitos Vereadores têm se revezado nesta
tribuna, têm feito uma fiscalização - e o Ver. João Dib tem sido exemplar nesse
ponto. Considero que isso só pode engrandecer a quem o faz. O Executivo que
tem, como nós, a preocupação de acertar - e imagino que todos a tem -, não pode
ter nenhuma resistência à fiscalização. Ela deve ser feita sim, de forma bem
tranqüila e firme, para que nenhum deslize deixe de ser observado e, se for o
caso, punido. Ninguém é perfeito; nenhum Partido pode se considerar imune a
erros e falhas, embora alguns queiram atribuir ao nosso essa falta. Nós não a
temos em nenhum momento. A fiscalização é bem- vinda , e falo isso com toda a
tranqüilidade de quem tem uma vida toda dedicada à fiscalização,
funcionário que fui do Tribunal de
Contas do Estado. Considero que essa seja, talvez, a função mais importante
desta Casa. Mais importante do que legislar é fiscalizar a aplicação das leis.
Por isso, a lei deve ser feita de forma bem tranqüila e clara para que se possa
fazer essa fiscalização. Assim, de minha parte e da minha Bancada, não haverá
nenhuma resistência maior a emendas que visam a encaminhar o assunto nesse
sentido. Evidentemente que sem exageros e sem atropelos. Já me manifestei, Ver.
Ferronato, sobre a sua intenção de apresentar uma Emenda no sentido de que a
própria definição das obras, com suas especificações físicas - e não apenas
financeira - também seja incluída. Temos que ver apenas uma forma técnica e
política possível, na medida em que há
participação popular, de viabilizar esse desiderato. Muito obrigado.
(Revisto pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE: Passamos
á
PAUTA -
DISCUSSÃO PRELIMINAR.
PROC. 2716/95 - SUBSTITUTIVO
N° 01, de
autoria do Ver. Reginaldo Pujol, ao Projeto de Lei do Legislativo n° 164/95, de
autoria do Ver. João Verle, que oficializa a Semana da Restinga no Município de
Porto Alegre, e dá outras providências.
PROC. 1172/96 -
PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N° 060/96, de autoria do Ver. Giovani
Gregol, que proíbe o uso de Metil Tercio Butil Éter (MTBE) como combustível em
veículos automotores.
PROC. 1516/96 - PROJETO DE
RESOLUÇÃO N° 015/96, de autoria da Mesa Diretora,
que institui Gratificação de Incentivo Técnico, por produtividade, aos
funcionários da Câmara Municipal de Porto Alegre detentores de cargo para cujo
provimento seja exigido curso superior ou habilitação legal equivalente, e dá
outras providências.
PROC. 1541/96 - PROJETO DE
LEI DO EXECUTIVO N° 032/96, que desafeta da destinação de uso comum do povo próprio municipal
para fins de regularização fundiária através de concessão de direito real de
uso. ( áreas situadas na Vila Brasília)
PROC. 1542/96 - PROJETO DE
LEI DO EXECUTIVO N° 033/96, que desafeta da destinação para área de praça próprio municipal para
fins de regularização fundiária através de concessão de direito real de uso.
PROC. 1543/96 - PROJETO DE
LEI DO EXECUTIVO N° 034/96, que desafeta da destinação de uso comum do povo próprio municipal
para fins de regularização fundiária atrevas de concessão de direito real de
uso. (áreas de jardins e vielas)
PROC. 1308/96 - PROJETO DE
LEI DO EXECUTIVO N° 026/96, que autoriza o Executivo a alienar próprio Municipal à Associação Sul
Rio-grandense Igreja Adventista do Sétimo Dia.
PROC. 1224/96 - PROJETO DE
LEI COMPLEMENTAR DO LEGISLATIVO N°009/96, de autoria do Ver. Luiz Negrinho, que altera o
artigo 4° da Lei Complementar n° 242, de 09 de janeiro de 1991, com a redação
dada pela Lei Complementar n° 251, de 25 de julho de 1991, que disciplina a
concessão do Direito Real de Uso aos ocupantes de áreas de propriedade do Poder
Público Municipal.
PROC. 1419/96 - PROJETO DE
LEI DO EXCUTIVO N° 029/96, que autoriza o Poder Executivo a permutar imóvel do patrimônio por
imóvel de propriedade de Reitz Comercial e Importação LTDA.
2ª SESSÃO
PROC. 1116/96 - PROJETO DE
LEI DO LEGISLATIVO N° 058/96, de autoria do Ver. Luiz Negrinho, que cria, no
Município de Porto Alegre, o Programa Municipal do Leite para Crianças
Carentes, e dá outras providencias. Com Emenda n° 01.
PROC. 1114/96 - PROJETO DE
LEI DO LEGISLATIVO N° 057/96, de autoria do Ver. Jocelin Azambuja, que autoriza
o Poder Executivo a implantar uma ciclovia no Parque Marinha do Brasil, e dá
outras providencias. Com Emenda n° 01.
PROC. 1270/96 - PROJRTO DE
RESOLUÇÃO N° 012/96, de autoria da Vereadora
Clênia Maranhão, que concede o titulo honorifico de Líder Comunitário ao Senhor
Odílio Santos Azevedo.
PROC. 1417/96 -PROJETO DE
LEI COMPLEMENTAR DO EXECUTIVO N° 005/96, que altera o artigo 1° da Lei Complementar n° 372,
de 22 de janeiro de 1996. (instituição
de Área Especial de Interesse Social na Área Funcional de Interesse
Urbanístico, da Categoria de Recuperação Urbana)
PROC. 1418/96 - PROJETO DE
LEI DO EXECUTIVO N° 028/96, que revoga a Alínea “d” da Lei n° 7146, de 20 de novembro de 1992,
que altera e acrescenta dispositivos à Lei n° 2758/64, e dá outras
providências.(altura dos degraus nos veículos do transportes coletivo)
PROC. 1248/96 - PROJETO DE
LEI DO LEGISLATIVO N° 064/96, de autoria do Ver. Paulo Brum, que altera
dispositivos da Lei n° 6442, de 11 de setembro de 1989, com a redação dada pela
Lei n° 7631, de 04 de outubro de 1995, (gratuidade no sistema de transporte
coletivos para portadores do vírus HIV)
O SR.
PRESIDENTE: O
Ver. Isaac Ainhorn está com a palavra. Ausente. Ver. Edi Morelli. Ausente. O
Ver. Raul Carrion está com a palavra.
O SR. RAUL
CARRION:
Sr. Presidente e Srs. Vereadores, venho à tribuna, por um lado, pelo projeto da
GIT para os funcionários desta Casa, para qual
queremos trazer a solidariedade da Bancada do PC do B para que antes
tarde do que nunca se consiga aprovar nesta Casa este projeto.
Sabemos que não é o ideal, que é fruto de uma
negociação para evitar um veto a um recurso ao Judiciário. Trazemos, em
primeiro lugar, a nossa solidariedade.
Queríamos, também, nos referir ao PLE n°
028/96, que trata da questão dos degraus nos ônibus do transporte coletivo da
Cidade. Por esse projeto e retirada a alínea “d” da Lei n° 7146, que alterou a
Lei n° 2758.
O que diz esta alínea “d”? Diz que os degraus
não poderão projetar-se além da linha
da face externa do veículo, sendo a altura do primeiro degrau fixada a partir
da linha do rolamento do veículo em 45 cm ou 0,45m. E os degraus restantes não
podem exceder 0,30m de altura, ou 30cm,e deverão ter uma profundidade mínima de
0,27. Esta alínea “d” ainda diz que contarão com dois degraus retrateis de
acionamento simultâneo.
Pois bem. Toda a justificativa do Executivo
para alegar a necessidade de retirar esta alínea se refere unicamente aos
degraus retrateis, que é a parte final da alínea. Ocorre que, ao retirarmos a alínea
“d”, retiraremos, também, o limite em 0,45m do primeiro degrau. E, ao
retirarmos isso, cairemos na lei antiga, que é a de n° 2758, que admite degrau
máximo de 0,55m.
Imaginem, os Senhores Vereadores, uma senhora de 75 anos tomando
um ônibus, com o degrau tendo 55 cm. Ela deverá ser uma atleta das Olimpíadas
de Atlanta, numa idade avançada, tentando tomar o ônibus... Estaremos cometendo
um crime!
Já vimos os crimes que estão sendo cometidos
na Santa Genoveva, onde morreram 88 velhinhos - dizem que são os comunistas que
matam os velhinhos - 88 velhinhos em
dois meses. Sendo que esta clínica é paga com o dinheiro público, com o dobro do que o Ministério da Saúde paga
para os hospitais da rede pública. E está pagando para uma clínica privada para
assassinar os velhinhos!
Estes são os avanços que o capitalismo
moderno do Sr. FHC está propiciando para este País. Mas voltando ao tema
concreto, eu quero dizer que é absurdo revogarmos uma Lei que limita em 45
centímetros a altura do degrau para subir no ônibus. O que já é um exagero, no meu entender.
Passaremos, com a renovação desta alínea, para 55 centímetros! O mais
interessante é que a Resolução n° 14 do CONMETRO, de 1988, limita o primeiro
degrau em 45 centímetro, como está nesta alínea que o Sr. Prefeito propõe revogar.
O que
eu quero dizer: eu até concordo, vamos estudar, com a eliminação dos degraus
retrateis, que ao que se sabe, não foi aplicado no Município. Mas não podemos
concordar com retornar dos 45 centímetros o que já seria um exagero, para os 55
centímetros.
Na verdade, a Resolução do CONMETRO tem duas
alternativas: 45 centímetros e 37 centímetros. Acredita inclusive, que podemos
rebaixar para 37 centímetros. Este é o encaminhamento do PC do B, e voltaremos
a discutir no momento da Ordem do Dia. Mas já queríamos deixar um alerta para
os Srs. Vereadores para este problema. Muito obrigado.
(Revisto pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE:
O próximo orador é o Ver. João Verle. Ausente. Ver. Henrique Fontana. Desiste.
Ver. José Valdir, V. Exa. está com a
palavra.
O SR. JOSÉ
VALDIR: Sr.
Presidente e Srs. Vereadores, discutimos o Projeto de autoria do Ver. Luiz
Negrinho que institui o programa municipal do leite para crianças carentes. A
proposição do nobre Vereador pretende distribuição de uma cartela de 30
tíquetes de leite tipo C, mensalmente, para as famílias das crianças carentes,
cujos critérios estão no projeto. Embora eu precise fazer uma análise mais
aprofundada do projeto, em princípio sou contra esse tipo de projeto, por
várias razões. A meu ver, esse projeto repete o Programa Nacional do Leite, que
foi instituído no Governo Sarney, através do CEAC, e que foi amplamente
difundido entre as associações comunitárias, cujo resultado foi criticado pelo
próprio movimento comunitário.
Obviamente que poderão ser corrigidas as
falhas que determinaram que aquele programa fosse cancelado, inclusive pelos
lances de corrupção no interior do programa, mas acredito que este programa já
peca pelo seu alcance, pois se apresenta, na sua justificativa, como um instrumento
eficaz de combate às causas da miséria das famílias, mas levam, muitas vezes,
as crianças às sinaleiras. Só que o programa é até 7 anos, quando a gente sabe
que as crianças que estão nas sinaleiras - segundo pesquisa recentemente feita
pela FESC - têm mais de 7 anos. Em segundo lugar, porque ataca o problema do
leite. E assim como temos o vale-leite, nós sabemos que tem que ter o
vale-arroz, o vale-feijão, o vale-alimentação e o vale dos vales, se nós
quisermos resolver este tipo de problema, que é o vale-emprego. Então, acho que
o projeto, em função dos objetivos a que se propõe, não consegue equacionar,
nem minimamente, os problemas que hoje estão colocados.
Há outra questão que me preocupa e que
levantei nesta tribuna, quando fizemos a homenagem aos 21 anos da FAMURS, que é
a questão da municipalização nas políticas sociais. Quando eu levantei isso
aqui, todos os Prefeitos presentes, independentemente de partido, concordaram:
uma coisa preocupante, hoje, é que estão sendo repassadas ao Município atribuições
nas áreas da educação, da saúde e da assistência social sem o devido repasse de
recursos; pelo contrário, os Municípios estão assumindo essas responsabilidades
num período de crise que se avoluma, em que há desemprego crescente, até em
função da política neoliberal que temos instalada no País. Enquanto o Município
assume as responsabilidades, o Estado e a União caem fora das
responsabilidades. Fecham-se instituições e órgãos; cancelam-se convênios, como
foi o caso do convênio da FEBEM com entidades não-governamentais. Isso motivou,
inclusive, por minha solicitação, a vinda da Presidenta do Conselho Municipal
da Criança e do Adolescente recentemente aqui e, na semana passada, na
Assembléia Legislativa. O Governo Federal fecha o CBIA, que atende, justamente,
a criança; fecha a FEBEM; institui as Comunidades Solidárias, um programa que
repete todos os vícios de programas anteriores, como o “ Fala, Favela ”, do
Collor e que, na verdade, é uma forma de burlar a implementação daqueles novos
instrumentos previstos na Lei Orgânica da Assistência Social, como os
conselhos, como os fundos. Então, enquanto em nível estadual e em nível federal
se reduzem os programas na área social em geral e na área do atendimento à
criança e ao adolescente, fecham-se órgãos, cancelam-se convênios, começa-se a
colocar as responsabilidades em cima dos municípios, que não recebem o aporte
de recursos.
Esse é meu principal argumento contra esse
projeto que, sequer, contém um item prevendo que se busquem recursos na
iniciativa privada, que se busquem recursos na esfera estadual ou na esfera
federal. Apenas faz o mais fácil, que é jogar para cima dos municípios a
responsabilidade de equacionar um problema social dessa dimensão, que está,
hoje, colocado de forma gritante, de forma crescente para todos os municípios
brasileiros. Muito obrigado.
(Não revisto pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE: Com
a palavra o Ver. Décio Schauren. Ausente. Ver. Dilamar Machado. Ausente. Ver. Antonio Hohlfeldt. Ausente.
Está encerrado o período de Pauta.
Liderança com o PPB, Ver. João Dib.
O SR. JOÃO
DIB: Sr.
Presidente e Srs. Vereadores. Há 32 anos na mesma data de hoje, num dia
cinzento, chuvoso, morria uma das figuras mais expressivas desse Estado, o
ex-Prefeito José Loureiro da Silva, duas vezes Prefeito Municipal de Porto
Alegre.
Trinta e dois anos sem Loureiro, mas com
memórias, ensinamentos, lembrança sempre presente daquela figura extraordinária
que foi Prefeito e soube marcar o seu tempo, a sua época. Trinta e dois anos
que esse homem, que tinha na sua personalidade fatores marcantes como
sensibilidade, dignidade, honra, responsabilidade e lealdade, não está mais
conosco. Trinta e dois anos que os que o acompanharam também não o esqueceram e
não hão de esquecê-lo nunca.
E hoje pela manhã poucos amigos, é verdade,
estiveram ali no seu monumento para lembrá-lo, homenageá-lo com uma corbelha de
flores, Pedro Américo Leal, Eugênio Machado, que o recebeu nos braços, quando
falecia, na sua querida rua da Praia. Se loureiro tivesse que escolher um lugar
para morrer, tenho convicção que escolheria a Rua da Praia, Cidade de Porto
Alegre que ele amou tanto. E também estava o Jornalista Brenol Andrade e mais
amigos que fazem parte do meu gabinete que estavam lá para homenagear Loureiro
da Silva.
Devo dizer que fiquei triste, eis que na
quinta-feira, vândalo havia pichado o monumento de bronze de José Loureiro da
Silva e o havia feito com tinta vermelha, tentando desmerecer a imagem,
escrevendo inclusive no granito, provavelmente o seu nome “ Eduard Fisch ” e mais
desenhos.
Mas, a SMAM prontamente atendeu solicitação
minha, procurou limpar a área, provavelmente para limpar o bronze que a página
do tempo já havia marcado, só podia faze-lo com ácido e, de qualquer forma
ficou, não vermelho, mas uma mancha desagradável de ser vista em uma imagem que
desde 1974 estava lá íntegra, e até algumas horas atrás já não era mais a mesma
coisa.
De qualquer forma isso não desmerece a figura
de Loureiro da Silva e não enaltece a figura do vândalo, do mau cidadão que
estragou aquela homenagem que a Prefeitura de Porto Alegre havia feito ao seu
maior Prefeito. Ficou a tristeza, mas também fica a certeza de que exemplo como
esses tem que ser lembrados sempre. Um Prefeito que soube dialogar com os
servidores, que soube dialogar com a população, e que não tinha Orçamento
Participativo. Mas eu que tenho algumas coisas da sua memória, do seu arquivo,
porque a família me deu, eu vejo que realmente ele era um democrata, e, podendo
impor a sua vontade, pois era o
Prefeito que dirigia a cidade nos moldes do período de Vargas, ele o fazia
trocando idéias com a população porto-alegrense. Foi o homem que mais se
interessou pelo Plano Diretor, para que essa cidade que ele amou tanto, que ele
construiu tanto, crescesse dignamente. E hoje então, 32 anos depois, nós
estamos fazendo este registro na Câmara Municipal, para que a memória daqueles
que honraram esta Cidade não seja esquecida.
A nossa saudação ao grande ex-Prefeito José
Loureiro da Silva e o nosso carinho àquela figura extraordinária que tanto
soube prestigiar esta Cidade. Muito obrigado.
(Não revisto pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE:
O Ver. Antonio Hohlfeldt está com a palavra, em tempo de Liderança.
O SR. ANTONIO
HOHLFELDT:
Sr. Presidente, Srs. Vereadores, não tendo tido a oportunidade de pegar espaço
na Pauta no dia de hoje, quero me referir a projetos que iniciam sua tramitação
neste momento na Casa, enviados pelo Executivo Municipal. E projetos ao que
parece, para os quais pretendem se promover votações extremamente rápidas, o
que me preocupa. Quero me referir especificamente a os PLE 32/96, 33/96 e
34/96, que desafetam, de destinação de uso comum, áreas que são ou áreas verdes
destinadas a praças ou são áreas dedicadas a outras desatinações, inclusive por
parte do plano Diretor, áreas que foram, eventualmente, em determinado momento
invadidas, ocupadas e que se busca agora a utilização de uma série de
institutos que aqui institucionalizamos e votamos, no sentido de manter essas
populações nesses locais. Quero dizer em primeiro lugar que mão sou contrário a
fixar essas populações onde elas se encontram. Seria absolutamente
anti-social e talvez até anti-humano,
mas temos que levar em conta que a Lei Orgânica do Município, nas suas
disposições transitórias. É muito clara. E o Ver. Giovani Gregol certamente é o
grande responsável por aquele artigo. Porto Alegre deverá ter até o ano 2.001
um determinado percentual de áreas verdes; no entanto, nós estamos muito longe
desse percentual e temos apenas 4 anos para atingi-lo.
A exemplo desses projetos que ora iniciam a
tramitação, outros muitos projetos teimam em transformar áreas verdes que
foram, em determinados momentos, ocupadas ou fazendo retrocessões ou fazendo
vendas aos seus invasores. Como tenho me pronunciado em momentos anteriores,
ainda quando é uma vila, podemos
entender e podemos buscar compensações. Agora, temos situações como no Bairro
Jardim Itú-Sabara, com cujo presidente da Associação conversei ontem
longamente, em que é inadmissível que tenha havido uma apropriação indébita por
parte de um lindeiro que ocupou a área, que a transformou em quintal e que
agora está tendo a oportunidade de
adquirir essa área com um preço que fica fora de licitação, porque ele acaba,
na condição de lindeiro, tendo a prioridade, ou melhor, a exclusividade da
aquisição, em preços de avaliação que são, entre aspas, de mercado, avaliados
pela Prefeitura Municipal, mas que não lhe cobram os anos, na maioria dos
casos, mais de uma década, em que este cidadão abusivamente,
discricionariamente usou e abusou, da área, que deveria ser de um condomínio
popular.
Parece-me que não se está tendo clareza na
forma de como cumprir aquele artigo que esta Casa votou com relação às áreas
verdes. Portanto quero trazer essa questão que me preocupa, porque entendo que
devemos sequer um indicativo que se encontra num desses processos, colocado por
técnicos da SMAM que dizem que a cada momento que nós vamos transformar uma
potencial área verde em área vendida, ou urbanizável, o Município deveria
buscar uma compensação de área na mesma região.
Aí tudo bem, teríamos encontrado o caminho da
compensação, ao qual não me oporia de maneira alguma.
Quero deixar registrado que farei emendas a
todos esse projetos, buscando a compensação dessas áreas, seguindo o que a
própria Secretária Municipal de Meio Ambiente registrou no interior do Projeto.
Já estou marcando, com absoluta clareza, o
debate que quero abrir nesta Casa. Não sou contra a permanência dessas
populações; acho que deve haver uma compensação para a Cidade. Se naquele
bairro já tivermos áreas verdes suficientes, vamos buscar áreas verdes em outro
local, onde não exista percentual suficiente. Porto Alegre ainda é muito
carente de áreas verdes. Muito obrigado.
(Não revisto pelo orador.)
O SR.
REGINALDO PUJOL (Requerimento): Eu quero solicitar a inversão da Ordem do Dia para
que inicialmente sejam votados os Requerimentos para só depois votarmos os
Projetos.
O SR.
PRESIDENTE: Em
votação o Requerimento do Ver. Reginaldo Pujol de entramos de imediato nos
Requerimentos. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam
sentados. (Pausa.) APROVADO.
Requerimento n.º 110/96 de autoria do Ver.
Edi Morelli que requer que o Grande Expediente do dia 26 de junho de 96 seja
destinado a homenagear o 90º aniversário da Fundação da Escola Técnica Parobé.
Em votação. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam sentados.
(Pausa.) APROVADO.
O SR. JOÃO
MOTTA (Questão de Ordem): Solicito verificação de “quorum ”.
O SR.
PRESIDENTE:
Houve uma falha, antes colocamos em votação o Requerimento de autoria do Ver.
Giovani Gregol, com mais 14 assinaturas, inclusive a assinatura deste
Presidente, solicitamos que seja convidada a Associação dos Usuário do Parque
da Harmonia, para apresentar proposta de revitalização do Parque Maurício
Sirotsky Sobrinho. Para encaminhar, com a palavra o Ver. Artur Zanella.
O SR. ARTUR
ZANELLA: Sr.
Presidente e Srs. Vereadores, é uma excelente idéia, eu também assinarei esse
Requerimento, porque temos idéias sobre a revitalização do Parque Maurício Sirotski Sobrinho. O Dr. Tarso
Genro, por exemplo, tem idéias sobre a
revitalização desse Parque, assim como o Secretário da SMAN, que é a
implantação ali de uma pista de eventos. O Ver. Henrique Fontana corrige-me, só
que ele tem que corrigir também o Ver. Gregol que disse que na rádio, um dia
desses - não o quis desmentir, porque ficava chato - que o estacionamento do
MAPA estava fora do Parque, e a pista de eventos dentro dele, quando acontece o
contrário. O Ver. Gregol disse também que eu votei todas as vezes nesta Câmara
contra a ecologia. Não lembro de ter votado nenhum Projeto contra a ecologia,
ou contra algum projeto do Ver. Gregol. O projeto dos cachorros, Vera. Maria do
Rosário, eu inclui na PAUTA.
Então, essa é uma excelente idéia,
principalmente porque houve, há poucos dias, uma pesquisa do Jornal “Joca”
e, pelo que sei, os Vereadores mandaram
dizer que não tinha entendido a pergunta. Agora, vem de novo a consulta com a
cópia do Projeto que está lá arquivado e que foi suspenso por uma ação
judicial. Não sei quais os Vereadores que não entenderam, mas no voto que
recebi estava bem claro: “Projeto que foi suspenso por uma ação judicial”. O
Ver. Gregol disse no programa de rádio: “Vocês e eles na Administração” Eu imaginei que ele se
referisse ao Prefeito, ao Secretário, ao Vereador Líder do PT, etc. Então vou
assinar a favor, porque a pista de eventos é um belo Projeto para ser discutido
para a revitalização do Parque Maurício Sirotski Sobrinho que, por sinal, está
pendente a contratação de um EIA-RIMA, que a Justiça mandou, e que é
extremamente barato, Ver. Dilamar
Machado, custando oitenta e seis mil reais, da III Perimentral, e faltam
cento e onze dias para completá-la. Muito obrigado.
(Não revisto pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE:
Em votação o Requerimento do Ver. Giovani Gregol. Os Srs. Vereadores que o
aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO.
Solicitamos ao Sr. 2° Secretário que proceda
á chamada para verificação de quórum.
O SR. 2°
SECRETÁRIO: (Procede
à chamada para a verificação de quórum.) Não há quórum.
O SR.
PRESIDENTE: Não
havendo quórum, encerramos a presente Sessão e convocamos os Srs. Vereadores
para uma Sessão Extraordinaria.
(Encerra-se a Sessão ás 17h 43min.)
* * * * *